Em volta da mesa há vida!

Temos algumas plantas na varanda de nossa casa. Às vezes, corremos tanto que esquecemos de olhar para elas e cultivá-las como convém. Frequentar o ambiente onde elas estão e somente olhar para elas faz-me perceber suas necessidades, e ao mesmo tempo, enxergo a mim mesma como a responsável pelos cuidados que elas precisam. Se eu não as regar elas morrerão. É interessante ver como elas falam apenas com suas aparências: murcham, secam-se, tornam-se amareladas... ficam tristes. E então, quando as regamos, podamos, damos luz ou sombra (conforme a necessidade), elas reagem quase que instantaneamente aos nossos cuidados.


Eu pensei: a Palavra de Deus compara nossa casa a uma plantação. No Salmo 128 nossos filhos são como plantas de oliveira ao redor da nossa mesa. Como estamos cuidando dessas plantas? Estamos sempre junto delas? Sou suficientemente atenta para perceber o que precisam: do Sol da Justiça, da água do Espirito, da sombra à direita, da poda da disciplina?

Assim como as plantas da minha varanda, se eu me ocupo a ponto de não observar atentamente meus filhos, jamais serei incomodada com a lenta morte que os atinge. Para alguns, infelizmente, o sentimento de que deveriam ter cuidado de seus filhos só surge depois que eles morrem para seus pais, suas famílias, sua igreja, para Deus.

Muitos pais estão longe da mesa dos seus lares... A planta é vida que precisa de cultivo diligente; filho é vida e necessita de amor, atenção, disciplina, cuidados. Como vida que são, eles podem morrer.

Que Deus nos guarde de tamanho relapso! E que nos lembremos sempre de estar em volta daquela mesa onde estão as plantas de Oliveira. Lá podemos ver as necessidades e assim será mais fácil agir antes que a morte os arrebate.

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Adna Barbosa