Pages

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Somos um inimigo digno da luta


Quando eu vejo uma mulher como essa Juliana, eu sinto pena. Sinto pena porque um dia eu pensei assim, talvez não nesses termos tão agressivos, mas nas ações do dia a dia, quando me sentia ruim demais para educar meus filhos, quando coloquei a escola num nível superior ao dom que Deus havia posto em mim.

A decisão por educar nossos filhos, assumir a total responsabilidade pela formação e vida deles não é fácil e o primeiro obstáculo a ser vencido somos nós mesmos, os pais. Sim, porque pensamos que somos apenas um “mal necessário”, alguém que só serve para levar os filhos à escola, pagar as contas e admitir que os outros são melhores do que nós, que as filosofias dos outros são mais sábias e aptas para tornar nossos filhos verdadeiros cidadãos do mundo. Não nos vemos como uma dádiva de Deus para nossos filhos, infelizmente.

Assumir nossos filhos é lutar contra o mal interior que diz: “você é uma maldição! Você trouxe ao mundo pessoas tão meigas que não merecem você. 
A única forma de vencer é admitindo que tamanha missão desafiadora é demais para um ser tão ordinário como você”.

É somente quando conhecemos o Criador que encontramos luz e liberdade e por elas podemos ver claramente aquele mal terrível que nos oprimia. Ninguém pode tirar essa liberdade interior, não há lei, não há conhecimento, nada pode nos abalar. E passamos a entender claramente que essa luta não é contra pessoas da estirpe desta pobre Juliana. Ela é apenas mais uma escrava desse sistema opressor.

Perceba nas suas palavras o peso espiritual, a opressão em que vive. Não, ela não é o inimigo. Ela é sua escrava. O mal em sua boca revela o ódio de Satanás contra o que de mais precioso Deus fez aqui nessa terra: homem e mulher unidos em torno de filhos, formando uma geração de piedosos que adora ao Criador, que vive para Sua glória no mundo. Não, a guerra não é de pais educadores contra escolas estaduais, a luta é contra a verdade que traz liberdade.

Devemos nos lembrar que não lutamos para acabar com as escolas, nem mesmo lutamos pela destruição das formas atuais de vida. Nossa luta é superior. Lutamos pela modificação do conceito de vida.

Lembremo-nos das palavras de Paulo: “...andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo; E estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência…” (2 Coríntios 10:3-6)

Percebem a grandeza desse texto? Como vingaremos a desobediência dos maus, daqueles que nos insultam? Quando primeiro nos submetermos às orientações divinas para a vida. Nossa vingança não está na agressão, nos insultos, na violência, não! Parem com isso, parem com a soberba, intelectuais do conservadorismo! Não precisamos de mais morte, precisamos de vida!

Queremos mesmo nos vingar dos inimigos da família? Então corramos para nossos lares e comecemos já a formar nossos filhos segundo os princípios de Deus. Obedeçamos integralmente ao seu mandado de “ir e ensinar” sem medo, com fé naquele que nos habilitou para tão preciosa tarefa. Vença o primeiro inimigo dentro de você, que está na sua mente dizendo-lhe que a revelação de Deus é insuficiente para sua vida. Nossa mente precisa ser vencida. Ela precisa se tornar escrava de Cristo.

A arma é essa, queridos: O B E D I Ê N C I A. Quer vencer? Obedeça!


E nessa obediência descobriremos que o modo de viver deve ser como o do Mestre: "Ele não discutirá nem clamará; nem sua voz nas ruas se ouvirá. Ele não quebrará o caniço rachado nem apagará a mecha que ainda fumega, até que conduza o Direito ao Triunfo" (Mt 12,19-20).

Triunfaremos sobre o mal fazendo o certo. O cristianismo venceu os impérios mais poderosos sem armas, sem discussões, sem guerras. Vencemos com a persistência, suportando toda agressão com resignação porque a liberdade que há no nosso interior ninguém a pode tirar. Essa convicção nos faz suportar as mais duras perseguições, os mais sujos insultos.

Ore pela Juliana. Ela tem um enorme vazio, uma terrível dor que a faz morrer lentamente. O nome do blog que assina é “Já matei por menos” e sim, ela já matou a si mesma por coisas muito menos importantes do que a enorme e nobre tarefa de educar os filhos. Essas palavras não devem mesmo nos abalar. Essa mulher não sabe o que é liberdade, sequer sabe o que é o amor. O que ela falou revela alguém que nunca sentiu o amor do seu pai terreno. Como ela entenderá o amor do Pai celestial, o amor que nos faz entregar uns pelos outros?

Os ideólogos do nosso tempo estão longe de ser o perigo para esse mundo.

São esses pais em suas casas que proclamam sua recusa de agradar esse sistema que são os verdadeiros inimigos. O ataque, além de previsível, é o esperado de todos os que combatem esse sistema. Estranho seria se o mundo e seus pensadores nos aplaudissem. Esse insulto é uma prova de que estamos no caminho certo.

Deixemos um pouco a mentalidade de rede social e voltemos nossos olhos para a vida no nosso lar que urge. A luta acontece lá dentro. É lá que destruiremos os princípios do secularismo. Não há arma que possa atingir um lar que obedece ao Criador. A vingança, neste caso, é mais do eficaz, é transformadora. Ela não somente vence, como também quebra as correntes daqueles que eram instrumento de Satanás.

Liév Tolstói terminará por mim: “...a profecia do cristianismo se confirma, que caem os grilhões dos acorrentados, os escravos livram-se do jugo, e esta libertação deve ser, infalivelmente, a ruína dos opressores. Eles vêem e sabem que seus dias estão contados e nada podem fazer. Só existe algo que podem fazer para sua salvação: retardar o momento de sua ruína. Não deixam de fazê-lo; mas sua situação é, entretanto, desesperada. É semelhante à de um conquistador que quisesse conservar uma cidade incendiada pelos habitantes. O fogo, apagado por sua ordem, num local, acender-se-ia logo depois, em dois outros”.



Avante! Há muitos cativos para libertar!


____________
Adna S Barbosa

7 comentários:

  1. Como é maravilhoso saber disso! Que o Senhor nos dê a cada dia sabedoria e força para educarmos os nossos a fazer a diferença neste mundo caído. Deus a abençoe Adna! Ótima explanação ❤

    ResponderExcluir
  2. Maravilhosa reflexão! Que permaneçamos firmes até o fim!

    ResponderExcluir
  3. Maravilhosa reflexão! Que permaneçamos firmes até o fim!

    ResponderExcluir