In
cosmovisão,
crÃtica
O Começo da Vida: um filme sobre o recomeço da humanidade ou sobre a sua extinção?
Há 100 dias foi lançado o documentário "O Começo da Vida". A mÃdia nacional e internacional noticiou, grandes empresas patrocinaram, famosos deram sua contribuição e tudo, segundo a perspectiva mundana, foi um sucesso. Desde que foi anunciado, antes mesmo de ser lançado, fiquei curiosa para assisti-lo. Quando ouvi a propaganda, fiquei tentada a indicá-lo na página Feminina. Mas, algo me freava e parecia dizer-me: "espere até poder confirmar, por você mesma, o conteúdo". Finalmente pude vê-lo, e para minha surpresa, não encontrei grandes verdades, apenas repetições de jargões manjados do mundo relativista e hedonista.
Nesta postagem, quero fazer uma análise das grandes ideias que movem o documentário. Quero mostrar como muitas são irreais, e outras simplesmente não funcionam na prática. Quero ainda mostrar-lhes algumas contradições e como o documentário nos leva, não às respostas ou soluções, mas a questionamentos profundos e humanamente sem respostas (porque somente o Cristianismo pode respondê-los). Finalmente, quero propor aos idealizadores e aos pais que me leem que busquem as soluções nos lugares certos, da maneira certa. Isso exigirá mais do que boas intenções, eu sei, mas poderá dar-lhes uma luz no fim do túnel. Estamos numa guerra cultural. Só venceremos se soubermos discernir corretamente as cosmovisões que operam no mundo, isto é, a mente por trás de cada esforço para "melhorar" o mundo. Há somente dois caminhos: um levará a acertos, o outro, a erros fatais.
Vamos lá, então?
O documentário "O Começo da vida" tem como objetivo central despertar a sociedade para a enorme tarefa de ajudar os pais a criarem seus filhos, a investir neles, a encorajá-los nos primeiros 3 anos de vida. Afirmam que toda a vida depende desses primeiros anos: todo bem-estar, todo bom desenvolvimento tem necessariamente nos primeiros anos de vida, suas bases.
O filme começa com uma famÃlia no parquinho. Você nem percebe, mas há duas mulheres com algumas crianças. Um menininho começa falando de sua idade: 3 anos. É sobre isso que todo o filme falará, sobre os primeiros 3 anos das crianças e da importância que estes anos tem para a vida.
E então começam a mostrar o que é ser criança e como elas são cientistas por natureza: exploram, manipulam, testam limites, numa espécie de aprendizagem por tentativa e erro. Assim, elas estimulam seus neurônios, fortalecendo as conexões que se repetem e excluindo as que não usam. Falam da importância da auto-estima elevada e sugere que nós, os pais, devemos aumentar a auto-estima delas para que continuem tentando até serem bem-sucedidas. Chiara Spaggiari, professora, afirma que uma criança, antes de tudo, precisa ser deixada livre, para escolher, para observar... Livre para experimentar... Ela não é uma tábua rasa. Elas aprendem consigo e conosco.