Hoje eu vi numa reportagem sobre a crise na Venezuela um grupo de militares da Guarda Nacional Bolivariana, que fazia um cerco ao prédio da Assembleia Nacional. Eu percebi, pelos vídeos, que havia mais mulheres do que homens no grupo. Mulheres vestidas em trajes masculinos, com bonés, escudos e armas. Que deprimente visão! Para mim, ficou muito claro que a crise é, de fato, sem proporções na Venezuela. Quando mulheres assumem postos de comando bélicos num país, temos que este país perdeu sua força, sua estabilidade social. Não, e eu não quero dizer com isso que as mulheres são fracas para ocupar tais posições. Pelo contrário, as mulheres são fortes demais para perderem seu tempo escondidas atrás de um escudo.
Temos uma tarefa neste mundo, uma insubstituível tarefa. Deus deu às mulheres um lugar especial na sua tropa, Ele as chamou para um trabalho árduo e estratégico e esse trabalho começa em casa. A casa é um dos pontos mais estratégicos da batalha. Mulheres têm um papel a desempenhar no mundo que é só delas e bons guerreiros não se queixam das tarefas dadas a eles. Um soldado reclamão é um soldado fraco.
Quando as mulheres esvaziam seus lares, elas põem em risco toda estrutura social que sustenta uma nação. O comando de Deus para as mulheres é que sustentem o mundo dentro dos seus lares. Isso não é tarefa pequena. Quando as mulheres rejeitam seus papeis naturais, na verdade, elas não são corajosas, mas estão mais próximas da covardia. Assumir o posto de guardiã do lar é mais importante para a mulher do que vigiar o palácio do governante. Na verdade, é uma desonra para a mulher assumir lugares na batalha que não são seus.
Mulher na rua não é mulher guerreira, valente, destemida. Mulher na rua é mulher desprotegida, errante, que vaga sem propósitos nobres na vida. Mulher na rua é sinal de que o caos se estabeleceu, que não há mais homens valentes, que dão suas vidas por elas e pelas suas crianças. Mulher na rua é sinal de lar vazio, filho abandonado, marido fraco ou covarde. Mulheres com armas erradas lutam ao lado do inimigo.
Um país que desperdiça a força de suas mulheres deixando-as escondidas atrás de fardas e equipamentos bélicos acaba matando a vida que sustenta toda a ordem social. Mulheres nas ruas são um retrato do fracasso de uma nação. A mulher é o coração pulsante do qual depende todo o funcionamento do corpo e corações não batem fora do corpo. Os lares são estes espaços internos que fazem a vida funcionar.
Quanto tempo ainda levaremos até que entendamos que a casa é o começo e não o fim de uma jornada, que é onde a mais profunda lealdade se envolve e onde os amores mais fortes são embalados?
Mulher forte é mulher que alimenta, que cuida, que promove a paz e que aquece a vida no lugar para onde vão os fortes. Ela é a fortaleza dos fortes e a sustentação da vida.
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Adna S Barbosa