Mulheres da Bíblia: Débora - uma mulher empoderada, ou uma feminina em tempos difíceis?

14:50:00


Débora era uma profetisa e uma mulher casada. Ela era líder em Israel na época dos juízes. “Os israelitas a procuravam, para que ela decidisse as suas questões”. (Juízes 4.5). O ponto importante que devemos ter em mente com relação ao que Débora fazia e às atividades de todas as pessoas do Livro de Juízes é que o comportamento deles não é uma norma que devemos seguir. Naquela época “não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo”.(Juízes 17.6;21.25). As pessoas estavam vivendo do jeito que queriam, não do jeito que Deus mandava. Elas adoravam ídolos. A tirania era comum. As mulheres eram raptadas como noivas e até estupradas por bandos de homens. Eu poderia prosseguir e dizer mais, mas por que você mesma não começa a ler o livro? Você verá que o tema de Juízes é “o que acontece com as pessoas quando elas abandonam as leis de Deus”.

Em outra parte da Bíblia Deus explica em maiores detalhes que não é seu plano que os jovens ou as mulheres governem um país. “Mas, ai dos ímpios!… Meu povo é oprimido por uma criança; mulheres dominam sobre ele. Meu povo, os seus guias o enganam e o desviam do caminho” (Isaías 3.11,12). Não devemos, pois, nos apoiar em Débora como exemplo de que as esposas podem seguir uma carreira profissional fora do lar. 


Se você ainda não está convencida, considere isto: Sansão era um juiz que dormia com prostitutas (Juízes 16.1). Jogamos então 1 Coríntios 6.15 fora (que proíbe, nos termos mais fortes, os cristãos de serem fregueses de prostitutas) por causa do “bom exemplo” de Sansão? Fazemos votos de oferecer como sacrifício ao Senhor tudo o que sai da porta de nossa casa, e então mantemos o voto ainda que isso signifique sacrificar nossa única filha, tal qual fez Jefté (outro líder de Israel na época dos juízes)? O que você acha de pegar uma estaca e cravar a cabeça de um hóspede no chão, como Jael fez com Sísera? Isso não é absurdo? Não. Nós julgamos o comportamento dos juízes conforme os mandamentos claros de Deus, não vice-versa.

Seja como for, Débora não era uma mulher que trabalhava fora. Ela era uma governante, e o povo ia até ela. Talvez ela fosse viúva ou não tivesse filhos. O texto não nos diz. (Débora chama a si mesma de “mãe em Israel”, que no idioma hebraico poderia bem significar mãe de Israel, já que ela era “a mãe do país” naquele momento da História.) Débora não estava aflita para se aventurar no mercado de trabalho lá fora. Quando surgiu sua grande chance de conduzir o exército em batalha, ela não quis, e só a covardia do comandante Baraque a forçou a ir. Talvez Baraque só quisesse mostrar para Débora que ele era a favor da igualdade sexual. Mas Deus não o abençoou por sua disposição de seguir Débora até o campo de batalha. O castigo de Baraque foi que ele não receberia a glória da vitória. Quem a recebeu foi Jael, a mulher que cravou a cabeça de Sísera no chão.

Quando os homens são incapazes de assumir a liderança, uma mulher pode acabar dirigindo um país. Portanto, Débora era uma líder, não uma esposa que trabalhava fora. Seu exemplo não é uma norma que as esposas devem seguir. Nada na Bíblia diz que devemos abandonar o trabalho do lar e tentar recriar, deliberadamente, a atmosfera de decadência moral e social da época dos juízes, quando Débora governava.


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Mary Pride, do livro De Volta Ao Lar.  

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