Adolescente estuprada por 30 homens: retrato da moralidade brasileira

19:50:00




O último acontecimento envolvendo a adolescente do Rio de Janeiro causou-me indignação, como a todos. Ficamos chocados diante de tamanha brutalidade do ser humano. Homens que deveriam proteger, partem para uma agressão com doses extremas de perversidade. Sem dúvida, é uma situação que nos faz chorar e fatalmente nos leva a meditar em como o pecado tem levado a raça humana a destinos terríveis.


Maldades deste grau não é privilégio dos nossos tempos. Desde que o pecado entrou na humanidade, experimentamos uma desordem total na vida e nas relações humanas. De fato, chegamos sempre à conclusão de Salomão: "Deus fez a todos com perfeição, mas nós estragamos tudo" (Ec 7.29). A imoralidade sexual é, de todos os pecados, a causa da maior parte das desgraças no mundo inteiro; é uma das piores armadilhas para a vida do homem e da mulher. Sua sedução cega as mais brilhantes mentes e faz do homem um fantoche em suas mãos. Os que agradam a Deus e o temem, escaparão dela, mas os que rejeitam a Deus e os seus padrões morais, caem em suas armadilhas.



Deus nos fez moralmente bons e dotados da capacidade de fazer escolhas boas. Mas ao ser tentado, o homem e a mulher usaram de suas capacidades superiores, sua criatividade, para satisfazer os desvios propostos pelo pai da mentira. Preferiu ouvir a voz do inimigo a ouvir a voz do seu Criador, que é bendito, eternamente, amém! O homem empenhou, criou maneiras para desviar-se da retidão original (Gn 6.5). E de lá para cá, experimenta a vergonha de ser movido por forças espirituais do mal, que esmagam sua verdadeira liberdade, tornando-o cativo dos seus mais baixos sentimentos. A força de que se reveste o homem, dádiva divina, é usada não mais para a promoção do bem estar dos que a ele se submetem, mas para a destruição e reafirmação dos desejos egoístas mais vis.


É nesse contexto que movimentos libertários ganham espaço e força, com seus vãos discursos. E numa vã tentativa, o homem e a mulher busca socorro em causas que não podem salvá-los. Foi assim no Édem. Depois da escolha errada, Adão e Eva fazem para si roupas de folhas na tentativa de reparar o erro, cobrindo o que tornou-se vergonhoso. Mas foi em vão. Folhas não cobrem, como meras palavras não podem resolver o dilema humano da perversidade depositada nos corações. Mais cedo ou mais tarde, essas folhas cairão, mostrando aonde nos metemos. Vejam, é isso mesmo o que vivemos hoje, no Brasil. O caso da adolescente é o outro lado escuro do lamaçal onde nossa nação se meteu. Em pleno colapso das ideologias humanistas que elevaram-se a si mesmas como salvadoras do nosso Brasil, e que na verdade, mostraram-se fracas e vazias de respostas para o dilema social brasileiro, assistimos de forma desumana o descaso concreto da dignidade humana, na forma de estupro violento desta adolescente.


Enquanto uns estupram a nossa nação, outros estupram a menina indefesa. É um retrato perfeito da crise moral brasileira. Que os nossos homens, aqueles que dirigem a nossa nação, entendam que não dá para ignorar as leis divinas sem que fiquemos impunes. Cedo ou tarde as consequências virão. E serão devastadoras. Os pecados não se ocultam para sempre. É verdade que "os pecados de alguns homens são manifestos, precedendo o juízo; e em alguns manifestam-se depois. Assim mesmo também as boas obras são manifestas, e as que são de outra maneira não podem ocultar-se" (1 Timóteo 5:24,25). O pecado aparece primeiro na forma de abandono das leis divinas e exterioriza-se na desobediência explícita. Quebram-se as regras divinas e por um tempo pode-se até pensar que há liberdade nisso. Até que começam os primeiros sintomas da doença: agitação interna, confusão pessoal, desordem nas relações, avançando para males cada vez mais elaborados e requintados. E quando falamos de pecados, cada abismo é maior e mais perigoso que o outro.


O que mais me entristece é ver como o câncer do pecado é tratado de forma leviana e superficial. Cuidam dos sintomas sem investigar a doença. O resultado? Agravamento da doença, isto é, do mal. Tal como nos tempos do profeta Jeremias, os que nos lideram negligenciam as causas, ao concentrarem-se apenas no tratamento destes males. Os que ocupam nossas tribunas propõem uma solução rápida e simples, sem considerar o pecado dentro do coração do homem. Os lemas antigos da liberdade, igualdade e fraternidade ganharam novos contornos nas ideologias que prometem "paz, paz", na forma de educação para todos, leis igualitárias que garantam condições econômicas para todos, provendo moradia e oportunidades iguais.


Mas a questão precisa ser examinada de forma mais cuidadosa para não cairmos no erro dos israelitas. No passado, o povo de Deus acreditou em palavras superficiais, que apenas agravavam a situação deles. Analisar a situação sem levar em conta suas causas mais profundas é ser desonesto consigo mesmo e com as gerações que nos sucederão. Claro, há uma razão para os conceitos superficiais acerca do mal. O príncipe que controla esse mundo, que opera nos filhos da desobediência, faz questão de cegar as mentes. Ele conhece as inclinações humanas para os preconceitos e desvios, sabe que o homem facilmente deixa-se controlar por determinadas ideias falsas.


Tenho lido as mais variadas interpretações sobre o fato em questão, mas a grande maioria está contaminada com os ideais humanos utópicos de igualdade e respeito, sem considerar o que move o coração humano. Estão cegos dentro dos seus moldes de vida, recusando-se a aceitar a verdade que vem daqueles que pregam a verdade, como fez Jeremias. Mesmo diante dos sintomas mais claros do mal, tapam os olhos e insistem em permanecer no caminho errado. Mas não somente isso, eles acrescentam seus pecados ao perseguir aqueles homens e mulheres que apregoam a justiça como Noé, que como atalaias da verdade clamam contra as práticas que conduzem a desastres como vimos. Sim, tal como nos tempos dos profetas e de Cristo, temos que ouvir as injúrias dos que provocaram os males, ao nos culpar pelos seus próprios desvios. No caso da adolescente, houve até quem atribuísse à igreja e ao conservadorismo o que foi praticado! Isso só mostra como a mente deles se tornou tão réproba. Irmãos, eles não somente se satisfazem em cometer suas abominações como sentem também a necessidade de expor a verdade ao ridículo.


Engana-se quem pensa que a violência contra a mulher parte dos homens. Afirmar tal mentira é atrair abismos mais escuros. Resumir a questão do estupro a uma conclusão dessas é querer resolver o problema estabelecendo um padrão falso. Na verdade, eles querem livrar-se da dor do erro tão rápido quanto antes. Mas aliviar a dor não é curá-la. E aqui está o engano, amados. Ninguém quer sentir dores (ninguém em são juízo). O homem simpatiza com os discursos liberais porque prometem um alívio temporário da consciência. Mas seria inútil e irresponsável tomar remédios sem avaliar o que causa a dor.


Precisamos de cura. O Brasil precisa da cura. Precisamos olhar para as doenças que atingem nossa nação com a mesma seriedade com que procuramos um médico para investigar a doença. A questão da adolescente não se resume a homens contra mulheres. Mas está na escolha deliberada por caminhos escusos, e na negação pessoal de reconhecer a maldade dos seus próprios caminhos. Da década de 60 pra cá, embalados nos discursos libertários, nossa sociedade afrouxou as regras, pregou a liberação sexual, aboliu o recato e o pudor, tratou com normalidade comportamentos destrutivos ao incentivar e recompensar a prostituição e a perversão sexual, e enquanto fazia tudo isso, oferecia remédios falsos ao liberar o consumo de drogas e álcool, que fazem as pessoas experimentarem momentos de prazer e alívios temporários. Os falsos profetas do nosso tempo nos acusam de causadores dos males, quando são eles mesmos os que promovem uma cultura pervertida de incentivo ao sexo banal nos bailes funks, tão enaltecidos pelos que nos desgovernam.


Mas eles não querem ver, antes, prosseguem mascarando os sintomas de um mal incontido que se alastra como um câncer no seio de nossa nação. A culpa não é da classe masculina, nem do machismo, mas daqueles que optaram por viver dopados pelas drogas do prazer e satisfação imediatos, daqueles que escolheram a felicidade em detrimento da saúde. Parece-me que estamos vivendo um momento em que as mais podres vísceras do pecado brasileiro estão sendo expostas. E estão à mostra para evidenciar as mentiras dos seus intentos idólatras. Querem sepultar esses estercos, mas não conseguem. Prostraram-se diante de falsas premissas, confiaram nelas e agora elas se voltam contra eles. Colhem dos frutos de suas próprias maldades. "Por que, pois, se desvia este povo brasileiro com uma apostasia tão contínua? Persiste no engano, não quer voltar".


"Não falam o que é reto, ninguém há que se arrependa da sua maldade, dizendo: Que fiz eu? Cada um se desvia na sua carreira, como um cavalo que arremete com ímpeto na batalha. Até a cegonha no céu conhece os seus tempos determinados; e a rola, e o grou e a andorinha observam o tempo da sua arribação; mas o meu Brasil não conhece o juízo do Senhor" (Jeremias 8:1-12, grifo nosso). Em vez de confiar em seus discursos, em vez de atribuir a culpa a uma classe abstrata, voltemos os olhos para dentro de nós mesmos, ali, onde reina o mal, e sejamos honestos. Não é fácil, eu sei. Admitir as próprias falhas é trabalho difícil para almas egoístas. Mas a humildade é o começo da cura. Que adianta permanecer nessa falsa sabedoria enquanto sofre vergonha, espanto e prisão? Que inteligência é essa que rejeita a Palavra do Senhor, o Criador?


O Senhor está visitando a nossa nação. Não se engane com os discursos falsos da paz pelo estabelecimento da igualdade e da reafirmação dos direitos humanos. Não façamos da felicidade um fim em si mesma. A verdadeira felicidade vem para aqueles que buscam a retidão, ainda que com grande custo pessoal. Não se esqueçam das palavras de Jesus: "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos" (Mt 5.6). Busque a retidão. Empenhe-se por alcançá-la e a felicidade lhe acompanhará. Agora, não pense que você a encontrará dentro de si mesmo. A retidão está numa Pessoa e somente Ela poderá salvá-lo. JESUS É A VERDADE, O CAMINHO E A VIDA. Somente Ele pode dar ao homem aquele lugar de dignidade perdido no Édem. Ele foi o segundo Adão, não mais corrupto, mas perfeito e justo. Na sua justiça, encontramos a nossa justiça, na sua paz, a nossa paz. Voltemo-nos para Ele. Somente Ele pode tirar-nos do lamaçal do pecado.


Lembremo-nos sempre: folhas não cobrem. Ideologias não nos salvarão, tampouco leis humanas. Somente o Cordeiro pode cobrir a vergonha causada pelo pecado. Não precisamos fazer nada. A boa notícia é que Ele já fez tudo por nós. Todos quantos o recebem, dá-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome (João 1:12). Os que foram batizados na Sua morte e revestidos de Cristo podem experimentar a verdadeira liberdade, fraternidade e igualdade, pois nEle não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos nós somos um em Cristo Jesus (Gl 3.25-29).

Busque a Ele e a você encontrará a verdadeira dignidade.


____________________________
Adna Barbosa

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3 comentários

  1. Deus sempre levanta servos para anunciar com ousadia Sua palavra. Deus continue te usando.

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  2. Sábias palavras, Adna! Que deus continue a te usar como atalaia nesse mundo enfermo pelo pecado.

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  3. Sábias palavras, Adna. Deus continue a te usar como atalaia nesse mundo enfermo pelo pecado.

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