Honra à que teme ao Senhor

20:12:00



Hoje eu quero fazer o que recomenda o salmista no salmo 15 e verso 4: quero honrar à que teme ao Senhor.


Teria tantas coisas para falar desta serva de Deus, tantas lições que aprendo todos os dias com ela... Na verdade, eu só tenho que agradecer a Deus por fazer parte da minha igreja, por ter a irmã Judite como a esposa do meu pastor, essa mulher que é padrão para os fiéis. 


Desde muito nova a conheci, quando eu ainda era uma criança. Sempre observei seus passos, a forma como era esposa, mãe e como servia a igreja tão abnegadamente. Porém, mais recentemente, tive o privilégio de conviver ainda mais perto dela. E o que é bom dessa companhia é poder ver nela uma pessoa de carne e osso, frágil e carente de Deus tanto quanto eu, mas que possui em si mesma a nova vida de Cristo, que a torna capaz de transmitir não somente a letra, mas sobretudo o poder desse evangelho transformador em sua própria vida.

Os que convivem com esta serva de Deus sabem que a grande lição de sua vida é a da humildade. A grande mensagem que grita de sua vida é: PREOCUPE-SE EM SERVIR A DEUS COM O MELHOR QUE TEM, MAS NO FINAL DE TODO TRABALHO, DEIXE A GLÓRIA PARA DEUS. Isso tem me inspirado a buscar cada dia mais a glória de Deus, exclusivamente, e não a minha própria.


Ela, mesmo sendo tão atarefada, sempre tem um tempo para suas amigas, para as moças que precisam do seu conselho e ombro amigo. Não há uma vez sequer que tenha me negado um pedido para conversar, e mesmo com tantas atividades, sempre encontra um jeito para me atender. Ela entende muito bem que o amor e a consideração se manifestam, em boa parte, no tempo em que dedicamos ao outro, e que o sacrifício pessoal faz parte do amor altruísta e abnegado. Quem a ver assim tão comunicativa e cheia de atividades, não sabe que tanto faz para ela estar sorrindo para um grande público, como estar sentada, ao meio dia, numa conversa a sós com quem precisa de seus conselhos. Ela sabe valorizar as pequenas coisas tanto como as grandes, quando é para a glória do Reino de Deus. Cuidar bem dos Centros Vidas é tão importante quanto dedicar tempo aos que dela precisam. Preparar a casa para receber seus filhos é tão importante quanto falar para um grande culto, num templo lotado.

Sim, ela aprendeu direitinho com Jesus a manifestar aquele amor com que Ele amou seus discípulos: um amor que manifesta o nome de Jesus, que nos faz reconhecer que todos os seus dons e talentos não são dela própria, mas provém de Deus. E quando recebemos as palavras de Deus que sai de seus lábios, percebemos que ela, antes de estar conosco, passa um tempo com o Senhor, em oração e em comunhão. Ah, a comunhão! Essa é a sua marca. E é por isso que temos certeza de que ela foi chamada por Deus para este trabalho. Parece até que eu ouço a sua voz orando: "Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós".

Como serva de Deus, não age conosco como se fôssemos rebanho dela, possessivamente, mas com cuidado, tratando-nos como ovelhas do Sumo Pastor. Assim pode orar por nós como Jesus orou: "Eu rogo por eles, por aqueles que me deste, porque são teus". A grande glória dela é saber que Jesus é em nós glorificado. Sei também que sua disciplina espiritual e a vida de piedade é, em grande parte, o sacrifício feito em prol de nós, da nossa santificação, para nos apresentar a Deus como noiva sem mácula. Por nós se santifica a si mesma, para que também nós sejamos santificados na verdade.

Com ela eu aprendi que o Evangelho de Jesus realmente atrai multidões e deve envolver simpatia e compaixão por elas, afinal, sua mensagem é poderosa para salvar pecadores, libertar endemoniados, curar enfermos, operar milagres. Porém, o mais importante é que sintamos a mesma alegria quando o fazemos secretamente, ou para a edificação e até promoção de outros, enquanto nós permanecemos sofrendo, muitas vezes sendo até rejeitados. A verdadeira alegria que vejo nela não está naquela parte do evangelho que atrai muitos para si por causa de Jesus, mas está no fato de ter o seu nome escrito no céu. Ou seja, ela se alegra com a parte que toca a eternidade pela fé, a esperança de ser reconhecida não aqui, mas lá em cima.



Ano passado recebi o livro das Mulheres que Mudaram a História de Pernambuco. Merecidamente o nome dela estava lá, embelezando o livro. Depois de ler uma pequena parte de sua biografia, lá no final, leio a frase que resume a sua vida: "Se não vivo para servir, não sirvo para viver!". Sim, é assim mesmo que ela pensa. E quem ganha somos nós, com esse lema de vida (abaixo está o resumo de sua biografia, contida no livro).

Para concluir, eu oro:
"Obrigada, meu Deus, pela vida desta serva. Dê-lhe saúde, energia, disposição, discernimento e amor para continuar a fazer a Tua obra. Deixe que ela viva muitos anos conosco, até que Tu venhas, para que assim possamos conhecer mais do Teu nome. Eu sei que quanto mais ela viver, mais ela revelará a Ti ainda mais. Faz com que o amor com que Tu tens amado a ela esteja em nós, e assim sejamos um em Ti. Em teu nome, amém".




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Adna S Barbosa






Judite Maria da Silva Alves, pernambucana nascida em Jaboatão dos Guararapes em 22 de fevereiro de 1955, licenciada em Letras (FAFIRE), psicóloga (UNICAP), terapeuta familiar (UFPE) e escritora dos best-sellers “Reflexões para a Alma” e “Mulher feita para frutificar” (com mais de dez mil exemplares vendidos cada um) e O Tesouro das Emoções, é casada há quarenta anos com Ailton José Alves, pastor presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no estado de Pernambuco, instituição religiosa que conta com mais de quinhentos mil membros em solo pernambucano. Ao lado de seu esposo nesta tão grande responsabilidade, tem se destacado por sua fervente devoção a Deus, manifestada na forma convicta com que testemunha de sua fé, seja pessoalmente ou através dos veículos de comunicação, e no seu abnegado desvelo pelos mais carentes. 

Desde 1998, quando seu marido foi eleito presidente da igreja, ela passou a coordenar a UEMADEPE (União de Esposas de Ministros da Assembleia de Deus em Pernambuco), que reúne as esposas de pastores de todas as igrejas da denominação no estado. Também é a Coordenadora Geral dos “Círculos de Oração”, que são grupos femininos de oração e visitação aos enfermos (em hospitais ou em suas residências), que atualmente contabilizam mais de seiscentos grupos, contando apenas os do Recife e região metropolitana. Neles, Judite exerce a supervisão de um contigente de mais de trinta mil mulheres, que recebem capacitação para exercerem assistência espiritual e aconselhamento a famílias de todos os níveis socioeconômicos.

Além desta significativa atividade, Judite tem também como missão de vida a busca da inclusão social de crianças e adolescentes de comunidades de risco e interesse social. Sua paixão por esta causa a faz empreender com empatia projetos direcionados para a formação moral, educacional, profissional de menores cujas famílias são menos favorecidas, algumas delas desestruturadas pela dependência química e/ou criminalidade. Seu esforço tem sido no sentido de conceder-lhes condições para um desenvolvimento integral que os habilite a viver em sociedade e a realizar-se como pessoa humana.

Com afinco e dedicação, há dezesseis anos, junto a seu marido, tem sido responsável pela criação e coordenação do Projeto Samuel, trabalho social da Fundação Aio de Educação e Assistência Social – FAES. O Projeto consiste em nove núcleos denominados Centros de Desenvolvimento Integral Vida (CDIVs), em funcionamento nas seguintes localidades: Santo Amaro, Ilha de Deus, Aguazinha (Olinda), Mustardinha, Ibura, Ponte Preta (Olinda), Nova Descoberta, Pirapama (Cabo de Santo Agostinho) e Tabatinga (Camaragibe), os quais dão assistência a aproximadamente três mil crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social.

Nos CDIVs são fornecidos às crianças alimentação balanceada, reforço escolar, participação em diversas oficinas de atividades (como música, informática, desenho, artesanato), bem como orientações quanto à higiene pessoal e ambiental, prevenção de drogas, entre outras.


Vale destacar que a Fundação Aio, na coordenação de Judite, participou da Campanha Todos com a Nota, da Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco, tendo sido a primeira colocada em arrecadação de notas fiscais no estado em todas as edições desta campanha. Com a premiação destas campanhas foi possível a criação da Orquestra e Coro Música do Coração, composta por oitenta crianças e adolescentes que aprendem música e canto nos CDIVs e já se apresentaram por dois anos consecutivos cantatas natalinas no Parque Dona Lindu. Por conta deste lindo trabalho, as portas do Conservatório Pernambucano de Música foram abertas e através de convênio, há dezenas de crianças e adolescentes estudando música. 

Judite tem sido fonte de inspiração e motivação para artistas infantis que, com as técnicas aprendidas nos CDIVs têm produzido pinturas e participado de exposições em locais públicos e privados, como por exemplo, nos Correios e em outra entidades, nas quais estes artistas mirins foram premiados. Este tem sido um trabalho feito com muita fé, movido por um grande amor e sincera compaixão por estas crianças tão carentes de tudo.

Atualmente, muitos adolescentes que entraram no CDIV ainda em sua infância, ingressam no ensino superior e exercem atividades profissionais cuja base foi estabelecida graças a educação recebida através do Projeto Samuel.

E não são apenas crianças que são alvo dos cuidados de Judite: também suas mães têm se beneficiado por meio da distribuição de cestas básicas, entre outros itens. Também vale mencionar a visita que Judite realizou à Colônia Penal Feminina Bompastor, na qual se fez distribuição de kits de higiene pessoal para as reeducandas.

Em reconhecimento pelos relevantes serviços no âmbito da assistência social, Judite recebeu várias homenagens, como o Diploma de Colaborador Insigne do Consulado Honorário da Romênia (em evento realizado na UFPE em dezembro de 2004) e o título de cidadā honorífica do município de São Lourenço da Mata (em março de 2011, pelo marco que deixou naquela cidade no tempo que ali passou). E por sua importante atuação social na cidade do Recife, a Câmara de Vereadores, através da vereadora Aimeé Carvalho, concedeu-lhe o Prêmio Mérito de Saúde Professor Fernando Figueira, em dezembro de 2013.

Outra atividade em que a irmã Judite se notabiliza é na área das comunicações: com seu timbre de voz marcante e genuíno carisma, desde 1999, na Rede Brasil de Comunicação (AM 580 MHz, que antes denominava-se Rádio Boas Novas), Judite passou a apresentar o programa “A mulher e seus desafios”, que é líder de audiência no horário da manhã, de segunda a sexta-feira. Com seu talento comunicativo, ela tem compartilhado sua fé, suas experiências com Deus, que tem edificado a vida de milhares de ouvintes não somente aqui em Pernambuco, mas em todo o Brasil e no exterior (por meio da internet).

E em meio a uma vida de intensas atividades e numerosos compromissos, Judite ainda encontra tempo para mais uma paixão: os livros. Leitora voraz, costuma ler diversos livros simultaneamente, que vão desde aqueles relacionados às suas áreas de formação (Psicologia e Educação), até biografias, livros cristãos e, principalmente, seu livro favorito, manual de fé e conduta, diariamente visitado: a Bíblia Sagrada.

Seu gosto pela leitura acabou levando-a a escrever dois livros que se logo tornaram best-sellers, com mais de dez mil exemplares vendidos, cada um: o primeiro, lançado em 2013, é um devocional semanal intitulado “Reflexões para a alma”, e o segundo, “Mulher feita para frutificar”, lançado em 2014, ambos editados pela Bereia Editora. Neles, vê-se a expressão de uma alma profundamente devotada a Deus, que deseja compartilhar um pouco de sua vivência de fé e do seu aprendizado no estudo e meditação nas Sagradas Escrituras.

Considerando todas estas atribuições de Judite, alguém pode perguntar: mas como ela chegou até aqui? De fato, houve uma longa trajetória permeada de ricas experiências, de dificuldades, de desafios e, claro, de muitas vitórias. Filha de José Leôncio da Silva e de Maria José da Silva, o qual presidiu a igreja Assembleia de Deus por vinte e oito anos, Judite nasceu numa família de onze filhos, sendo ela a terceira. Criou-se no bairro de Cavaleiro, e era uma menina muito comunicativa, alegre, gostava muito de brincar de igreja, de fazer culto, assim como de ser professora. Em família, Judite era muito cuidadosa com seus pais e irmãos.

Destacava-se por ser uma pessoa muito amável; sempre se preocupava quando seu pai viajava para as igrejas no interior. Quando sua mãe, por conta de algum impedimento de saúde, não podia ir com ele, Judite o acompanhava. Diligente e dinâmica, terminava os afazeres domésticos muito rápido. Também era bastante notória sua empatia pelos demais: ao deparar-se com alguém em apuros, ou passando algum tipo de necessidade, ela era uma pessoa que se envolvia. Para se ter ideia, ela era tão envolvida na parte emocional e de saúde da família que seu pai queria que ela fosse uma médica; mas de fato, o curso de ela decidiu fazer o de Letras, na FAFIRE.

Quando tinha 17 anos, sua família mudou-se de Cavaleiro para Jardim São Paulo, onde veio a conhecer o jovem Ailton José Alves, com o qual casou-se no dia 15 de fevereiro de 1975. Neste ano de 2015, portanto, o casal celebra suas Bodas de Esmeralda, e todos que os conhecem podem testemunhar que a cada ano que se passa, seu compromisso de amor tem ficado mais firme, sendo um exemplo inspirador a todas as famílias da igreja e da sociedade.

O casal teve três filhos: Ailton Júnior, Ana Cláudia e Jefferson Nafis. Além de ser uma mãe amorosa, amiga e que sempre se desvela no cuidado de seus filhos, é também uma avó carinhosa de quatro netos, companheira de brincadeiras, sorrisos e fonte de constante apoio em todos os sentidos. Sempre que recebe seus filhos, noras, genro e netos, faz questão de preparar ela mesma as refeições, atendendo a todos com muita alegria.

Um período marcante de sua história ocorreu quando seus filhos ainda eram bem pequenos e a família foi enviada como missionária para Mar del Plata, Argentina. Ali residiram de 1981 a 1989, onde desenvolveram um profícuo trabalho de evangelismo e estabelecimento de igreja, que até hoje se mantém.

Ao retornarem a Pernambuco no ano de 1989, o casal Ailton e Judite foram enviados para a igreja em São Lourenço da Mata, onde trabalharam durante dez anos. Nesta cidade, Judite desempenhou um importante trabalho na área da educação, instituindo ali a Escola da Assembleia de Deus, que oferece ensino fundamental 1 e 2.

Em 1998, Judite voltou a residir em Recife, quando seu esposo assumiu a liderança da igreja em Pernambuco, até os dias atuais. Enfim, se queremos resumir em uma sentença o lema da vida de Judite, podemos citar uma de suas expressões favoritas: “Se não vivo para servir, não sirvo para viver!”.


(Do livro: Mulheres Que Mudaram a História de Pernambuco)


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