Existe essa de adolescência ou estamos criando nossos próprios monstros?

12:15:00

"Adolescentes" que mataram 10 pessoas numa escola em Suzano/SP 
Um homem de 17 e outro de 25 anos: “garotos” completamente capazes de destruir uma escola e atrair os olhos do mundo para suas ações, mas para o mundo eles são apenas adolescentes. Ouvi comentaristas falarem que estão ansiosos para saber as causas que motivaram tal horror e quais os traumas que esses garotos tinham para tomar atitudes tão perversas. Afinal, adolescência é isso mesmo: fúria, rebeldia, confusão, total liberação dos instintos.

Desde que foi inventada, 
a adolescência  é usada como desculpa para todo tipo de loucura dos jovens. O termo adolescente foi baseado em ideias evolutivas de desenvolvimento para colocar os jovens numa categoria específica, possuidores de necessidades especiais. Claro, tudo isso serviu para apimentar o comércio, a indústria da adolescência, os consultórios de profissionais especializados.

Até cerca de um século atrás, essa fase não era sinônimo de rebeldia e violência pois esses jovens estavam totalmente integrados na sociedade adulta e, por isso, eram capazes de assumir responsabilidades e usufruir de liberdades. Hoje, porém, eles estão inseridos na categoria de crianças crescidas. Numa fase de intensa transformação do corpo, esses jovens são deixados sozinhos com seus pares e desprovidos de qualquer participação significativa na vida. Essa categorização os segregou em suas próprias tribos, distanciando-os dos adultos, acorrentando-os numa infância prolongada, reprimidos de tal maneira que não são autorizados a deixar de serem crianças.

Mesmo com uma intensa produção hormonal que, nos homens especialmente, estimula a força e os impulsos sexuais, nossa sociedade psicologizada põe freios na mente, deixando livre o corpo. Com essa tal da adolescência, os jovens não podem casar, não podem trabalhar, não podem assumir as responsabilidades que seus corpos suportam. Eles têm que ficar estudando ad infinitum, enquanto matam o tempo livre jogando e curtindo as baladas com os amigos. Nossos cientistas comportamentais convenceram que o casamento nessa fase é precoce, mas que o sexo é diversão, que é um fardo enorme assumir os deveres de um trabalho ao mesmo tempo em que coloca em suas mãos todos os artefatos da tecnologia e progresso do trabalho alheio. Ou seja, a recompensa vem antes do compromisso e o salário, antes do trabalho.


Não encontramos nem na Bíblia nem na história algo que apoie essa ideiaPelo contrário, vemos que Deus não faz nada em vão, nem mesmo essa fase da vida. Esse poder latente no homem jovem existe para ser gasto no trabalho em prol de sua família, no envolvimento sexual dentro do casamento. Deus planejou esses homens de tal forma para esse propósito que quando a sociedade os força a permanecer fora do mundo adulto, mantendo-os trancados em salas de aula por muitas horas, o resultado que temos são esses adolescentes problemáticos. Não é sem razão a violência, a promiscuidade, a depressão e a falta de sentido que esses jovens carregam dentro de si. Viver fora do padrão divino é o caminho para a destruição.

Esses jovens passaram toda a infância, momento imprescindível na formação de vínculos afetivos com os pais, ligados a adultos profissionais que eram pagos para transmitirem conteúdos, vistos para o sistema apenas como nomes na lista de chamada. Com relações tão frias assim, essa educação mata a família e consequentemente seus jovens, mas a solução que os burocratas da educação darão para o fato ocorrido hoje - anotem aí - será ampliar esse tempo na escola, enchendo-os de atividades na chamada escola integral. Escolas públicas, como sabemos, são depósitos de jovens, dominadas por sindicatos e interesses políticos de coerção e dominação do Estado.


Casos como o que aconteceu hoje deveriam nos despertar para a realidade de que adolescentes (se assim podemos chamar) são pessoas de direito e deveres plenos, capazes de assumirem as responsabilidades da liberdade outorgada. O que nossos jovens precisam não são de ministérios e trabalhos que os separem ainda mais dos adultos, mas uma integração com a vida adulta, aproximação com os pais e maior orientação “no caminho em que devem andar”.

Como igreja, não podemos nos curvar diante dessa subcultura adolescente, enchendo-os de brinquedinhos eletrônicos, roupas bonitas e tempo livre nas redes sociais. Se tirarmos tudo isso, todas essas indústrias fúteis entrarão em colapso e provavelmente eles entrarão mais cedo na idade adulta, sem traumas e sem rastros de sangue pelas escolas.

É tempo de reavaliarmos nossos métodos. Estamos saturados de Freud, Paulo Freire, Piaget. Não dá mais para continuarmos pregando o Evangelho com as vestes do mundo. Nossos jovens precisam da pura doutrina bíblica, compromisso sério com o casamento, esforço diligente no trabalho, educação sadia no lar, provisão e amor. Eles precisam também de adultos por perto, ensinando-os pelo exemplo. Discipular não é fácil, mas é o trabalho que temos a fazer. Não dá mais para deixá-los sozinhos, trancados em seus quartos ou com os da sua tribo. 


Jesus, antes de morrer e subir aos céus, pôde apresentar-se diante de Deus como aquele que cumprira o seu dever como Mestre e discipulador no mundo. "Estando eu com eles no mundo", disse, "guardei-os em teu nome e nenhum deles se perdeu". O nosso dia também chegará e estaremos diante de Deus para devolvermos o que recebemos do Pai. 

Nossos jovens são a força de Deus no mundo, a força que vence o maligno. O que estamos assistindo, infelizmente, é a vitória do inimigo sobre eles, tomando posse de suas mentes por meio dessa cultura endemoniada. Como discípulos de Jesus, precisamos nos levantar pelos jovens e tomar as rédeas da educação, destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, trazendo cativo todo o entendimento à obediência de Cristo (2 Co. 10:5,6).

Só poderemos nos vingar do que aconteceu hoje (porque essa é a nossa vontade), quando formos obedientes à verdade. A nossa vingança é a obediência ao chamado divino de discipular a mente dos jovens. Você está pronto para se vingar do inimigo?


_______________________________
Adna S Barbosa




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8 comentários

  1. Deus seja louvado pela suas palavras tão claras e verdadeiras. Espero seu artigo seja lido e entendido por muitos. Minha oração é que a Igreja acordo para discipular estes jovens em nossas Igrejas.

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  2. Ótimo. Seu texto representa os verdadeiros adoradores do Rei Jesus.
    Grata a Deus por sua iniciativa.
    Muitas bênçãs sobre ti e família!

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  3. Vdd.cresci entre os adultos aos 11 anos ja fazia parte do conj.musical.qdo crianca ainda aos 7 anos comecei a ajudar minha mae cuidar dos meus irmaos por necrssidades e isso nao me fez ficar frustada serviu para.meu amadurecimento.so li vdds.

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    1. Todos os que viveram como você que eu conheço. são pessoas ajustadas e de bem com a vida. Infelizmente nossa geração engoliu a isca do inimigo, da mentira de que os jovens pertecem a uma classe especial.

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  4. Exelente texto. Deus te abençoe. Vamos nos juntar na força do Senhor, regaçar as mangas na luta para alcançar essa nova geração. Até que se tornem discípulos de Jesus Cristo.

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  5. Li comendo as palavras. Acertou em cheio minha irmã. Só discordo do fato de os estudos estarem no mesmo nível das futilidades. Eles podem sim, estudar e serem responsáveis. Ter o estudo como trabalho, pois é sim, um trabalho. Embora ache correto cobrar trabalho, responsabilidades com a casa e a família.

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