A autoridade da mãe
12:22:00
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Aquela criança pequena, agora tão inocente, cujas brincadeiras e risos despertam nossas emoções, pode trazer anos de miséria e tristeza inconsoláveis. Olhe para aquele vagabundo bêbado, cambaleando à sua porta. Ouça suas horríveis imprecações, pois, inchado e esfarrapado, ele passa adiante. Naquela figura miserável há uma mãe. Talvez viúva e em pobreza, ela precisa do conforto e apoio de um filho carinhoso. Você tem um filho. Você pode ser uma viúva em breve. Se seu filho é dissoluto, você é duplamente viúva. Agora você não pode suportar nem mesmo o pensamento que seu filho será assim abandonado. Quão terrível deve ser a experiência da realidade! Uma vez eu conheci uma mãe que tinha um filho único. Ela o amava ardentemente e não suportava negar-lhe qualquer coisa. Ele, é claro, logo aprendeu a governar sua mãe. Na morte de seu pai, a pobre mulher foi deixada à mercê deste vil garoto. Ela havia negligenciado seu dever quando ele era jovem, e agora suas paixões ingovernáveis eram incontroláveis. Obstinado e vingativo, ele era a maldição mais amarga de sua mãe.
Você cuidou do seu filho através de todos os meses de sua infância indefesa. Você negou a si mesma para lhe dar conforto. Quando ele estava doente, você não se importava com seu próprio cansaço e sua própria fraqueza, e à noite, acordada, você o assistiu em seu berço, atendendo a todos os seus desejos. Quando ele sorria, você sentia uma alegria que ninguém, a não ser uma mãe, poderia sentir. Talvez tenha apertado seu amado tesouro no seu seio, orando para que seus futuros anos de obediência e afeição possam ser sua ampla recompensa. E agora, quão terrível é ver aquela criança crescer para odiar e abusar de você; deixar você sem amigos, na doença e na pobreza; desperdiçar todos os seus ganhos em trevas de iniquidade e degradação moral!
A verdade é que sua felicidade terrena está ligada ao seu filho. Ele está agora em suas mãos, e você deve forma-lo para o bem ou para o mal. Se você é consistente em seu governo e fiel no desempenho de seu deveres, seu filho provavelmente a respeitará e será para você um consolo quando vier a envelhecer. Se, por outro lado, você não disciplinar seu filho quando desobedecer, se você não refrear suas paixões; se você não exercer sua autoridade, você deve esperar que ele seja sua maldição. Com toda a probabilidade, ele o desprezará por sua fraqueza. Não acostumado a restrições em casa, ele quebrará todas as regras e trará miséria e vergonha em sua vida. Mas poucos pais pensam nisso como deveriam. Eles não estão conscientes das terríveis conseqüências que a falta de um governo eficiente pode trazer à sua família. Milhares de pais agora estão como guerreiros arruinados e feridos por raios e tempestades. Milhares tiveram toda esperança destruída, toda perspectiva escurecida, e tornaram-se vítimas da decepção desoladora, tudo por causa da má conduta de seus filhos. E, no entanto, milhares de outras pessoas estão seguindo da mesma maneira, preparando-se para experimentar o mesmo sofrimento, e aparentemente estão inconscientes deste perigo.
É verdade que existem muitas mães que levam suas responsabilidades mais a sério do que deveriam. Mas há muitas outras, mesmo mães cristãs, que parecem estar esquecidas de que seus filhos cada vez mais caminham para uma situação de total afastamento dos seus cuidados. E ao ser fraca ou indulgente em sua autoridade, ela está treinando para em breve eles infernizem a vida de seus pais e perfurem seus corações com muitas dores.
Se você é infiel no seu papel como mãe quando seu filho é jovem, ele será infiel a você quando for velho. Se você entregar seu filho a todos os seus tolos e irracionais desejos quando criança, ao tornar-se homem, ele satisfará a todos os desejos do seu coração; e seus sofrimentos lhe levarão à reflexão de que foi a sua própria infidelidade a Deus, ao que Ele determinou que fizesse na educação do seu filho, que causou sua ruína.
Se você quer ser uma mãe feliz de uma criança feliz, dedique sua atenção, seus esforços e suas orações ao grande dever de treiná-la para Deus e para o céu.
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John Stevens Cabot Abbott
(1805 - 1877)
Historiador americano, pastor e escritor,
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