O que o Boticário não lhe contou...

19:33:00



A propaganda do Boticário para o dia dos namorados deste ano não veio com casais homossexuais, mas foi igualmente perversa e ofensiva. Uma mulher oferta a um homem desconhecido um perfume, que ao abrir a embalagem "taca-lhe" um beijo escandaloso com duração de alguns segundos, o suficiente para fazer-nos baixar a cabeça e corar de vergonha. Depois do beijo, eles se apresentam um ao outro. A mensagem? Intimidade sexual com desconhecidos é normal e boa. 

Cada vez mais me espanto com o conteúdo ideológico sexual pervertido que carregam as campanhas publicitárias. Empresas de construção exibem comerciais enaltecendo o feminismo, empresas de cosméticos louvam a imoralidade e perversão sexual, pastas de dentes exploram conteúdo pornográfico... E assim seguem as propagandas fisgando seus "peixes" ao propor que o objetivo da vida é a satisfação pessoal pelos meios materiais e do prazer sexual.

Elas se propõem a responder perguntas morais e querem satisfazer ânsias da alma que somente o Evangelho pode responder. Pintam um cenário de satisfação e euforia ao praticar atos libidinosos, vida próspera e feliz para os que satisfazem desejos consumistas. Mas na verdade, tudo não passa de mensagens mentirosas que mostradas repetidas vezes, fixarão nas mentes e assim tentarão roubar-nos os valores, as crenças, os modos de vida que se mostraram eficazes no decorrer das civilizações ao longo da história. 



As empresas publicitárias, constituídas em sua maioria por homossexuais ou pela geração libertina da nossa era, investem pesado para que suas campanhas atinjam objetivos que vão além da oferta do produto. Elas transmitem para suas propagandas seus próprios conceitos deturpados de vida e suas necessidades espirituais e morais não resolvidas. Nossos comerciais são, nas palavras de Twithell, "um teatro da moralidade para o nosso tempo". Seus produtores sabem que são ilícitas as práticas veiculadas como normais, mas eles as propagam porque escolheram esse modo de vida para si mesmos. Fazendo uma análise mais profunda, essas propagandas nada mais são do que a racionalização das suas próprias escolhas pervertidas de vida.

A propaganda do Boticário nos mostra (não mais nas entrelinhas, porém nas linhas!) a sociedade supostamente liberta das amarras dos preconceitos contra o sexo fácil e descomprometido. De fato, o perfume é o que menos importa! O que importa mesmo é mostrar o lado moral e espiritual das mentes doentes e tratá-las como saudáveis e bonitas, dignas do nosso apreço e imitação. Nela, eles confrontam nossos valores, colocam em xeque a guerra que travamos entre satisfazer a carne e agradar a Deus, e resolvem esse dilema humano tão profundo oferecendo um deus banal, provocativo e sensual.

O lado B da propaganda, a parte que não rodam, mas que existe e é bem real, é que ficar com estranhos não é legal e não faz bem. Sim, eles não mostram o quanto o sexo casual detona com as emoções femininas e como essa cultura de rolos são altamente perigosas tanto do ponto de vista da saúde física, como espiritual e moral. O Boticário vem nos propor uma cilada ao oferecer-nos aquilo que destruirá nossa alma e nos levará para o inferno. Converse com uma prostituta: ela sabe o quanto esta vida é insegura, infeliz e insalubre.

Queridos, tudo nos leva a crer que a nossa sociedade não está evoluindo, mas andando para trás. Não somos resultado de preconceitos de civilizações passadas, nem somos máquinas biológicas que produzem hormônios que levam nossos corpos a extravasarem suas necessidades como os animais fazem. Não somos animais. O modelo de vida dos donos desta marca é o mundo animal com todas as suas práticas animalescas. Sim, eles são evolucionistas e acreditam que somos uma raça animal evoluída, logo, não há diferença entre homens e animais.

O pecado é cruel e tem efeitos nefastos. A culpa existe, ela é real. O homem pode até calar a sua voz, mas não pode apagar os efeitos danosos que sua omissão opera. Ela está aí, dentro de você, com um propósito. Ela nos diz que não somos hormônios em ebulição, apenas. Somos seres morais, feitos à imagem de Deus, e um dia prestaremos contas do que fizermos com nossos corpos. Quem se libera sexualmente não encontra a paz interior e a beleza que o Boticário oferece. Pelo contrário, encontra agitação, sofrimento, dor e por fim a morte eterna.

As ideologias sexuais são as que mais aparecem na mídia e são as bandeiras de muitos dos educadores de nossa pátria. Como tal, elas carregam o mesmo fervor religioso, fazendo dos seus mensageiros pregoeiros da grande "salvação" alcançada pela expressão sexual livre como o meio para a vida plena e saudável. Mas procure saber da vida desses pregoeiros e o fim que tiveram... Colson nos aconselhou: "um teste para saber se uma cosmovisão é verdadeira é se ela corresponde à realidade". Pergunte: podemos viver com isso?.

E eu concluo: podemos viver com essa vida que o comercial propaga como normal e boa? A realidade responde: vá nos hospitais, procure a ala daqueles com doenças sexualmente transmissíveis. Marque uma consulta com um médico (a) genecologista de um hospital público e procure saber das dores das pacientes envolvidas com o sexo causal e dos inúmeros males que acometem seus corpos. Converse com uma esposa de um homem promíscuo. Sinta as suas dores íntimas que dilaceram sua alma. Passe uma tarde com uma prostituta; faça-lhe perguntas profundas sobre sua vida. Converse com aquela colega "rodada" da universidade e descubra o quanto suas aventuras sexuais são apenas meios para abafar sua vida de tristeza e decepções. Você descobrirá que essa vida proposta no comercial não vale sequer seus olhares, que se dirá os seus reais!

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Adna Barbosa

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