Caminhos para Combater a intolerância cristã no Brasil

20:39:00


A redação do Enem vem para alertar-nos dos caminhos perigosos por onde anda nossa nação. Depois de 14 anos de PT e mais alguns de doutrinação nas universidades do país e nas escolas públicas, hoje vemos estudantes adolescentes submetidos a discorrer sobre um tema cujo enunciado já começa falacioso. No Brasil de hoje reina a ideia de que o bom governo deve liberar as pessoas das restrições preconceituosas da moralidade religiosa, que a religião é a propagadora dos preconceitos e da violência contra os mais fracos. Na verdade, essas máximas são mantras repetidos para os jovens, enquanto privam suas jovens mentes do verdadeiro conhecimento histórico e cultural do nosso povo. Qualquer um que tenha um mínimo de conhecimento sabe que o Cristianismo é, historicamente, o defensor mais fiel da liberdade humana. Sobre ele surgiram grandes e poderosas nações. Por causa dele, tiranos foram depostos, não pela força, mas pela resistência sábia dos seus seguidores. Impérios foram desfeitos e o sangue dos cristãos derramado na terra foi o fertilizante para que nós hoje estivéssemos aqui, celebrando a liberdade.

A lei transcendente de Deus, e que rege as religiões em quase todo o mundo, é a que diz que o Deus criador e soberano reina sobre todos os reinos, e esse Deus quer que os homens tratem com dignidade seus semelhantes, feitos à imagem dEle. Ela é a base de todas as leis no mundo e a causa dos avanços sociais, políticos, econômicos e científicos no mundo.

O que está a acontecer aqui no Brasil é o que já aconteceu em lugares onde o príncipe das trevas tem cegado o entendimento. As velhas mentiras do Éden vão e vêm, trazendo a desordem. O homem com o entendimento obscurecido desacredita das intenções divinas para o seu próprio bem, para acreditar na falsa liberdade daquele que lhe lança a dúvida. Quando Adão rejeitou a definição de Deus do que era bom e do que lhe faria mal, submeteu-se à maldade e à opressão do diabo. Quando um povo rejeita a lei transcendente, submete-se ao querer arbitrário de um Estado. Na tentação do Édem, Deus foi falsamente acusado de negar o "verdadeiro conhecimento" a Adão. No Brasil, o pensamento politicamente correto tenta de toda forma abolir a realidade transcendente pregada pelas igrejas, fazendo afirmações falsas de que elas promovem o discurso de ódio. Ora, o que as igrejas fazem e pregam é o amor a Deus sobre todas as coisas e o amor ao próximo.

A vida em comunidade pressupõe a existência de um bem comum e transcendente. A política por aqui deixou de ser um facilitador para a vida em comunidade para simplesmente proteger a autonomia das pessoas, dando-lhes o direito de fazer o que quiserem. O debate por aqui acabou há muito tempo. A nossa política resume-se a grupos que se opõe ferozmente e que têm uma lista infindável de exigências. Quem grita mais, ganha. Não há princípios, mas força. O resultado disso é que mais e mais deixamos de acreditar na política, criando um terreno fértil para o aparecimento de ditadores. O colapso moral, moral que é ensinada principalmente pela religião, está a nos levar para o caminho da tirania. Sem Deus, sem um código moral superior que reja todas as demais leis, resta-nos lamentar a extinção da liberdade e da justiça.

Mas podemos recuperar nossa cultura brasileira desviada! E aqui eu quero deixar algumas orientações feitas por Charles Colson para que desenvolvamos uma persuasão cristã fundamentada:

"1. O governo da lei. Persuasão significa que nossa tarefa fundamental é apologética - tentar convencer o nosso próximo de que a cosmovisão cristã é a melhor maneira de pôr ordem na sociedade. Precisamos en­tender que a maioria das pessoas não compreende a necessidade de algo tão básico como a autoridade da lei. Quando eu estava no colégio, isso era ensinado na primeira aula de moral e cívica; hoje, as matérias de civismo preferem enfocar a exploração dos índios americanos pelos co­lonizadores europeus.

2. O bem público. Precisamos também enfatizar a importância da idéia de bem comum ou bem público. Tome-se o exemplo de um semáforo: em nome do bem público, exige-se que as pessoas parem nos sinais vermelhos; do contrário, haveria caos e morte nas ruas. Essa lei aplica-se igualmente a cristãos, agnósticos, hindus e adeptos da Nova Era; gos­tem ou não da lei, todos devem obedecê-la por causa do bem comum. Precisamos aplicar o mesmo raciocínio a outras leis, tais como aque­las que só reconhecem o casamento entre duas pessoas de sexos opostos. Há importantes razões pelas quais a proteção ao casamento heterosse­xual é do interesse da sociedade: trata-se de um padrão social que toda sociedade civilizada adotou a fim de propagar a raça e criar filhos. Os cristãos precisam esclarecer que tais leis não “impõem” uma crença reli­giosa, mas se baseiam em princípios morais racionais e em evidência histórica que mostra como a proteção à família promove o interesse público. Finalmente, podemos argumentar que a cosmovisão cristã provê o padrão mais confiável para determinar o que é bem público e incentivar o comportamento pessoal responsável.

Talvez a mais difícil tarefa hoje seja persuadir as pessoas de que elas devem disciplinar o seu comportamento pessoal, em nome do bem co­mum. O individualismo tornou-se tão desenfreado que a maioria das pessoas acha que a sociedade existe para servi-las, e não crê que tenha algum dever para com a sociedade. Precisamos demonstrar que, a me­nos que os indivíduos voluntariamente restrinjam seu próprio compor­tamento em nome do bem comum, o governo terá de fazê-lo através de medidas coercitivas - à custa de nossa liberdade.

Há algum tempo, rotular pessoas, discriminando-as racialmente, seria considera­do falta de civismo, algo que contaria com a desaprovação social e leva­ria ao ostracismo; hoje, na falta de tais sanções informais, isso tende a ser julgado como crime hediondo, passível de ação judicial. Tempos atrás, rapazes bem comportados não se “aproveitariam” do “sexo frágil”; hoje, na falta de tais convenções sociais, as mulheres precisam ser protegidas por leis contra assédio sexual. Fomos “libertos” das velhas normas de cortesia e moral somente para sermos aprisionados por novas regras, impostas por lei. Para reverter essa corrosão da liberdade, devemos enfatizar que o autogoverno no sentido político depende do autogoverno no sentido pessoal - isto é, controlar nossas próprias palavras e nosso comportamento por normas de cidadania e respeito.

3. A defesa da liberdade. A Bíblia não é um documento político, ainda que tenha implicações políticas profundas, importantes para o bem-estar geral de todos os cidadãos. Quem afirma que Jesus e os apóstolos ignoraram a política, deixa escapar as implicações políticas da máxima “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22.21). Os cristãos do primeiro século conheciam o significado exato das pala­vras de Jesus —e foi por um ato político (recusavam-se a dizer que “César é o Senhor”) que foram crucificados, torturados e lançados aos leões.

Qual o ensino fundamental das Escrituras a respeito do Estado? Por um lado, devemos viver em submissão ao Estado. Para nosso bene­fício, Deus designou reis e governantes para desempenhar os deveres que cabem ao Estado: reprimir o mal, preservar a ordem e promover a justiça. Assim, devemos “honrar o rei” e submeter-nos “às autoridades superiores; porque... as autoridades que há foram ordenadas por Deus” (Romanos 13.1; veja também Daniel 2.21, Romanos 13.1-7; Tito 3.1; 1 Pedro 2.13-14,17).

Alguns interpretam essas passagens como uma garantia absoluta de autoridade, significando que o governo deve ser obedecido em todos os tempos e circunstâncias. Porém, a ordem de obediência está condicio­nada pela pressuposição de que as autoridades e os magistrados estejam cumprindo os propósitos para os quais Deus estabeleceu os governos (em Romanos 13.4, o governante é chamado de “servo de Deus”). Por­tanto, se os governantes agem de forma contrária à autoridade que lhes foi delegada, se não agem como servos de Deus, os cristãos não estão obrigados a obedecer-lhes - na verdade, podem ser até mesmo moral­mente obrigados a resistir-lhes. Por exemplo, se o Estado proíbe a pre­gação do Evangelho, está claramente agindo contra os mandamentos de Deus que garante autoridade ao governo em primeiro lugar. Se o Estado pratica a injustiça, por exemplo, massacrando judeus ou estabe­lecendo uma tirania sistemática, perde sua reivindicação de autoridade divina.

A autoridade da lei, a promoção do bem público e a defesa da liber­dade - estes são os princípios que devemos aprender a articular ao argu­mentar em favor da concepção cristã da política, engajando-nos numa “apologética de quintal” em churrasco com amigos. Mas, ainda que nossas crenças procedam, em última análise, das Escrituras, devemos em uma sociedade pluralista também traduzi-las em termos que os não-crentes a possam entender. Por exemplo, quando trabalhamos pela mudança de leis sobre o aborto, não devemos apenas apelar para a reve­lação divina, mas também ressaltar que o dever mais fundamental de um governo é defender os indefesos, Quando nos opomos à legalização do suicídio assistido e da eugenia, podemos mencionar que o propósito máximo do governo é prevenir o uso privado de força letal. (O governo empunha o poder da espada exatamente para que os indivíduos não o façam). Precisamos promover discussões públicas e convincentes, que apelem à razão e à evidência" (Do livro: E Agora, como viveremos? de Charles Colson).

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Sejamos sábios. Sejamos prudentes. Devemos fugir dos movimentos radicais, ditos "conservadores", que nos afastam ainda mais daqueles que não entendem a importância da lei transcendente. Somos cristãos e não usamos das armas mundanas. Somos da geração dos que deram seu sangue para que a liberdade hoje fosse uma realidade. Nós temos a mensagem de esperança para a nossa nação, a mensagem da liberdade moralmente disciplinada. Mas vigiemos. Só estamos aqui porque somos “bons cidadãos do rei, mas primeiramente, de Deus” (Thomas More).


O caminho para a restauração da verdade no nosso país passa por nós. Veja Moro, veja os "meninos crentes da MPF". Eles estão a fazer mais pela nossa nação do que todos os políticos e profissionais da educação juntos. No desastre de Mariana, os esforços do Estado foram mínimos diante das ajudas dos "religiosos intolerantes", das igrejas cristãs que estão noite e dia a dar suporte físico e emocional às vítimas. Nas prisões, as igrejas evangélicas estão lá constantemente com a mensagem de transformação e responsabilidade pessoal. Sim, é o discurso religioso com todas as suas intolerâncias que pode resgatar criminosos da morte. Faça um teste. Faça uma visita aos presidiários e pergunte quais os grupos que estão lá fielmente... você descobrirá verdades que o Enem não quer propagar!


Somente a verdade divina pode fazer-nos sábios para a salvação nossa e de quem nos ouve, por isso:

"Guardai os mandamentos de Deus [a lei transcendente], e cumpri-os, porque isso será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e entendida.Pois, que nação há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?E que nação há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje ponho perante vós? Tão-somente guarda-te a ti mesmo, e guarda bem a tua alma, que não te esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e não se apartem do teu coração todos os dias da tua vida; e as farás saber a teus filhos, e aos filhos de teus filhos". 
 Deuteronômio 4:6-10



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Adna Barbosa


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1 comentários

  1. Excelente comentário. Retratou nestas poucas palavras o sentimento de pelo menos 30 milhões de brasileiros cristãos que defendem e vivem sob a égide de uma cosmovisão judaica-crista e que foi produzida pelo soberano Deus do universo para manter os povos em perfeito equilíbrio. Parabéns.

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