Os garotos cresceram. E agora?

13:47:00





Eu tenho a impressão de que o nosso presidente está trazendo para o Brasil o problema de sua família, envolvendo todos nós no grande drama que é a formação de seus filhos. Parece que estamos acompanhando de perto as confusões de filhos adultos que foram ou abandonados num período crucial do desenvolvimento ou que não tiveram os limites necessários quando eram mais jovens.

Os filhos do presidente são homens impulsivos, raivosos, loucos por poder. São vaidosos e egoístas. Em quatro meses, já mancharam excessivamente a reputação do pai e este nada faz. A passividade do estimado presidente incomoda. Como o chefe máximo da nação não se impõe dentro do próprio lar? Como pode nos governar se não consegue governar a sua própria casa?


Estamos diante de um quadro patético que nos ensina duras lições:
◆ Antes que seja tarde, filhos precisam de pais presentes. Pais que protejam, passem pelos momentos difíceis, sejam companheiros. E isso exige um alto custo pessoal.
◆ Filhos precisam de um herói, alguém que acredite neles e que arrisque tudo para salvá-los.
◆ Cuidar da reputação pessoal pública e de uma carreira de sucesso fora do lar pode ser uma armadilha para o homem. Há fases na vida nas quais é preciso menos ambição e mais altruísmo.
◆ Crianças precisam ser levadas a sério no casamento. Seus interesses devem ser respeitados quando o casamento parece ruir. Por elas, vale todo o esforço. Relacionamentos rompidos criam filhos desajustados.

Caso o pai não considere essas necessidades dos filhos, ainda que a boa sorte e as circunstâncias favoráveis pareçam ter superado os problemas passados, um dia a conta chega. E pode chegar num momento nada apropriado. Davi foi um rei que durante um tempo obteve sucesso, mas suas relações familiares eram um fracasso e isso influenciou os rumos da nação. Seu fracasso como pai levou todo o país à divisão e ao caos. "Uma alma ferida pode se tornar um vilão, fazendo vítimas inocentes" (Charles Swindoll).

Eu aprendo com isso que família é mais importante que tudo, que meu casamento exige compromisso além das minhas necessidades, que meus filhos importam e que todo o resto pode esperar.

Hoje, estamos num pandemônio de intriga, inveja e confusão - o que se revela na exaltação de um pai substituto, o desequilibrado Olavo, que em algum momento da vida desses filhos ocupou um espaço que era só do pai. Essa figura transviada agora tem a honra que o pai deveria hoje ter, dá as ordens com tanta liberdade que nos faz entender o tamanho da lacuna de autoridade que há na vida desses “garotos”, agora homens. Para Bolsonaro, são garotos. Sim, ele parou no tempo em que tinha os garotos por perto, como pai. Mas eles cresceram e a decepção foi com eles. Ela tem o poder de dominar corações de filhos abandonados, levando-os a uma vida inteira de decisões ruins.

Oremos pela família do nosso presidente e aprendamos a lição: conservadorismo sem exemplo é como flores artificiais: parece bom e durável, mas não perfuma nem traz vida.

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