Episódio 4: Uma palavra às mães

18:49:00

 



Este podcast é um especial para as mães, uma conversa de mãe pra mãe.

Ao longo desses 3 episódios, percebi que o papel e a atitude da mãe em casa, na administração do que entra e sai como cultura no lar, é fundamental para a boa ordem. Pais têm o seu papel, mas, o que percebi, é que eles tendem a ceder diante da flexibilidade da mulher. Mas não quero falar para os pais porque não devo fazer isso. Há quem fale e eu vou ficar dentro da esfera que o Senhor me colocou.

Ao longo desses episódios, percebi que não somente os adolescentes estão viciados, como muitas mães estão vidradas nas séries. Algumas, até mais do que os filhos. No geral, o público que gasta mais tempo assistindo séries deste gênero são as mulheres.

Nas minhas conversas informais com famílias, tenho percebido que há uma boa reserva de autoridade dada a nós no lar pelos próprios pais. Na nossa cultura, o homem tem delegado, ou mesmo deixado em nossas mãos muitas decisões sobre o que entra e sai da casa. Homens de postura mais tradicional cedem, muitas vezes, aos apelos da esposa e filhas. E isso tem uma explicação que está lá em Gênesis.

Homens que cedem aos apelos da mulher apenas seguem o padrão do Éden. Isso não quer dizer que a mulher é mais culpada que o homem, que a mulher usurpa o papel do homem sempre que seu desejo se impõe no lar. Afirmar isso é cair no engano de Eva e Adão ao não assumir a culpa pessoal. Muitas vezes, é o contrário: homens se calam quando deveriam falar e então as mulheres decidem. Homem e mulher compartilham da mesma culpa e esse padrão segue-se desde o Éden: mulher é tentada, passa por cima da sua natureza, o homem, por sua vez, abre mão do seu papel de líder e cede às escolhas autônomas da mulher. Se esse homem se encanta com essa mulher "forte" segundo os padrões do mundo, ele nada mais mostra do que o padrão caído do Éden. E não deveria ser assim.

Mas é certo também, queridas mães, que nós temos o reinado no lar! Já ouvi muitas vezes que o lar é nosso reino, que nele nós mandamos! E muitas de nós se comportam assim, mesmo na presença do marido e cabeça do lar.

Nós sabemos arquitetar estratégias engenhosas para conseguir o que queremos! E para isso, usamos as mais variadas desculpas como: “eu passo o dia em casa!”, “eu cuido das crianças, portanto eu sei o que é melhor”, “você não se envolve com nada e quer mandar”, “estou cansada, pelo menos essa é uma atividade que não tem nada de imoral”, “eu deixo porque é uma diversão inofensiva que me libera para fazer outras atividades”, ou, no caso daquelas que estão viciadas também: “eu mereço um descanso. Aqui eu relaxo sem culpa”, e segue-se as mais variadas desculpas.

Eva arranjou desculpas, nós também arranjamos as nossas. Sara quis dar um jeito na promessa de Deus, Rebeca manipulou a bênção que era de Esaú e deu-a a Jacó, Raquel chorou cobrando de Jacó que desse filhos a ela, como se dele dependesse o “abrir da madre” e não de Deus. Veja como ela fala: “Dá-me filhos senão morro!”. Bem dramática, não? Pois é. Poderia passar mais tempo aqui falando da mulher de Potifar, de Mical, de Jezabel, de Atalia, de Zera, e de tantas outras da história que persuadiram reis, que desviaram decisões importantes para atender seus caprichos, daquelas que aconselharam o mal.

Se há um pecado que nos assedia como mulheres, é o pecado da manipulação emocional. Sabemos planejar muito bem nossos interesses para que tudo saia conforme desejamos. E ainda damos um toque de bondade. Queremos ouvir: "veja como ela é boazinha!", quando na verdade, estamos sendo boas para nós mesmas! Experimente contrariar uma mulher manipuladora e você verá para onde vai sua generosidade!

Aí está o desafio para nós, mulheres e mães de garotas, especialmente. Precisamos esquadrinhar nossos corações dia a dia, colocar à prova cada intenção, para com sinceridade podermos agir. Tudo o que parte de um coração cheio de orgulho e avareza, por fim se mostrará fracassado e doentio, tal como é o pecado. E nossas filhas possuem essa mesma natureza caída de Eva!

Nas questões que envolvem permitir que nossos filhos consumam determinadas produções, precisamos ter o discernimento para buscar a vontade de Deus quanto àquela programação. Precisamos cuidadosamente separar nossas emoções e afeições daquilo que é a verdade.

Como mulheres, devemos expressar a verdadeira imagem de Deus impressa em nós. Não deveríamos sair por aí, tentando manipular as coisas a nosso favor, buscando facilitar nossa vida e rotina sem considerar as consequências de nossas permissões. Fomos feitas e chamadas para amorosamente nos sujeitarmos à liderança do marido e, principalmente, para exercermos nossa influência para a edificação do lar. A mulher sábia edifica a sua casa, diz em Provérbios. E um dos aspectos mais importantes na sustentação da família é a observância do princípio da unidade entre marido e esposa. Eles precisam falar uma só língua. Não pode haver dissonância, especialmente quando o assunto é formação de caráter dos filhos.

E unidade vem quando marido e mulher cumprem seus papeis bíblicos no lar. Assim como Cristo em tudo se sujeitou a Deus, nós deveríamos mostrar nossa feminilidade ajudando os homens na tarefa que Deus lhes deu. Homens prestarão contas diante de Deus por suas famílias. Sobre eles recai esse dever. Nosso trabalho é o de sermos ajudadoras do marido no lar, seguindo suas orientações, especialmente aquelas que dizem respeito às questões espirituais, de formação do caráter. Nós trabalhamos enquanto ajudamos o marido.

Falo para aquelas mães cujos maridos temem a Deus e que amam a Sua Palavra. Como mulheres, ao nos depararmos com situações nas quais precisamos decidir o que é melhor para nossos filhos, devemos levar a eles e, juntamente com eles, tomarmos decisões baseadas no que diz a Palavra de Deus. Pra isso, precisamos muitas vezes deixar de lado nossas emoções, inclinações, desejos.

Se algo vai entrar na rotina dos nossos filhos, se um entretenimento vai compor parte do seu tempo, esse entretenimento precisa ser conhecido do pai, o chefe do lar, e conhecido em todas as suas facetas: boas e ruins. Uma vez posta diante dele a questão, cabe a nós, como mulheres ajudadoras, mostrar quais princípios da Palavra se aplicam àquela atividade e porquê ela é importante. Para tudo há uma resposta na Palavra, minha irmã!

Você pode dizer: “você não está sendo muito radical, não? Fala sério, vou usar a Bíblia até para assistir séries?!” Sim! Se até agora a Bíblia não tem regido as escolhas mínimas de sua vida, então precisa cair diante de Deus e rogar-Lhe que abra seus olhos para as verdades que lá estão sobre a sua vida. Escolhas são tomadas baseadas em princípios imutáveis para o crente e nisso não há escolhas grandes ou pequenas. Levar esses princípios para o esposo é nosso papel, lembrar-lhe o que rege o lar, também é nosso papel. Trazer opções e perguntas, também é nosso dever. Orar por ele e pedir a Deus por ele sabedoria também é nosso dever.

É impressionante ver como Deus, depois de fazermos tudo isso, guia nosso esposo para tomar a decisão certa! Mas a decisão é sempre dele! Nossos planos e tarefas precisam estar debaixo de sua aprovação, e não apenas a mera informação das decisões já tomadas. Chegar no final do dia com uma lista do que foi feito, não é bíblico. O certo é levarmos a lista antes para que seja aprovada diante de Deus em submissão e honra.

Na maioria das vezes, entretanto, queremos apenas fazer com que as coisas saiam do nosso jeito. Somos ardilosas em planejar os detalhes, e sutilmente fazemos o esposo andar na linha que traçamos. Observe as coisas simples do dia a dia. Como nos esforçamos na manutenção do nosso bem-estar, arrumando-nos, executando tarefas que nos promovem individualmente (p.e. se vou receber uma visita, capricho na receita, se não vou, deixo-o padecer fome! - exagerei!), cuidando dos meus interesses, enquanto os interesses dele são jogados para o último ponto da lista. E tal como Adão, o pecado faz com que os homens abdiquem dos seus postos de autoridade amorosa, para assumirem uma condição passiva diante da mulher.

Não, não façamos assim… Planeje seu dia, as atividades dos seus filhos, leve em conta os desejos deles, o que eles gostam, mas não decida sobre isso. É demais para nós! Deixe que ele tome as rédeas da situação e confie em Deus. Faça a sua parte. Há verdadeira alegria e prazer em sujeitar-se a Deus e ela começa com a sujeição àqueles que Ele colocou como autoridade sobre nós. Viva o seu papel de ajudante alegre, promovendo o bem-estar dos que lhe cercam, e você terá um tesouro nos céus.

Obediência, humildade, paciência, submissão. Palavras chaves para o sucesso de qualquer mulher. Se não acredita, experimente viver isso, e depois confira os resultados. O seu Criador sabe que material usou em sua constituição. Você veio do homem e foi feita para completá-lo. Ele irá lhe proteger e prover suas necessidades. Sabendo da nossa estrutura como mulher, o Senhor pôs sobre os ombros do homem todo fardo pesado e também o poder de decisão. Confie no Seu Criador. Ele sabe o que faz.

Eva se meteu em encrencas, tentando usurpar um lugar que não era seu. Maria, ao contrário de Eva, ouviu a voz de Jesu, não mais do seu Filho, mas do Seu Mestre naquele casamento em Caná da Galileia. Ela foi bem-aventurada porque creu e viu cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas.

Vamos vencer a batalha contra a nossa carne. Não é fácil, mas quem disse que seria fácil? A luta continuará, até que Cristo seja formado em nossas famílias. Lembro da minha mãe e de como ela era deixava com meu pai as decisões da família. Ela compartilhava tudo com ele e o ouvia atentamente. Na sua ausência, minha mãe era seus olhos, sua voz, seus ouvidos. Nunca vi minha mãe tomando decisões sozinhas, até mesmo no que diz respeito às nossas diversões. A resposta que meu pai dava à esta atitude da minha mãe era um coração que confiava nela. Para ela, ele entregava todos os seus tesouros. Minha mãe foi uma mulher próspera porque honrou meu pai e deixou com ele as decisões do lar.

E para as mães que não tem maridos sábios espiritualmente, tudo o que eu falei é válido, com um peso ainda maior. Cabe a você ajudar o seu marido a ser melhor cabeça do lar. Dê a ele ferramentas para que ele cresça em sabedoria. Leia livros com ele, coloque mensagens importantes sobre o tema em questão para ele ouvir. Converse sobre questões difíceis e deixe-o falar. Ao longo da conversa, solte os tesouros da Palavra! Passeei por ela. Prepare o momento do culto doméstico, mas previamente separe os textos para ele ler e comentar! Deixe que ele dirija o culto. Fique do seu lado, e não na sua frente. Naturalmente ele ocupará o seu lugar, porque foi feito para isso. Quando usamos a Palavra de Deus na construção do nosso lar, Deus se encarrega de colocar as coisas no seu devido lugar.

Há outra questão digna de nota, mães. Quando agimos sozinhas, quando decidimos sobre questões importantes da formação dos nossos filhos e rumos do lar sem ouvir o marido, expomos o homem ao pecado da omissão. Deus pedirá contas dele. Não podemos simplesmente dizer que são passivos. Se sabemos que são passivos, nosso papel é estimular a liderança deles e não reclamar ou tomar a frente. Isso não é ser ajudadora. Na independência da mulher, é o homem chamado a prestar contas. Homem passivo é homem culpado, lembre-se disso.

O homem é, diante de Deus, o responsável final pela queda ou elevação da família, pela vida ou pela morte. Deus lhe dotou com uma capacidade incrível para a liderança. E é lindo vê-lo liderar com amor. Não precisamos repetir a confusão causada no Jardim do Éden para sempre. Jesus veio para colocar os "pingos nos is". Ele é o exemplo de líder que todos os homens devem seguir, Ele não mata, mas também não alivia; não é estúpido nas suas palavras, mas também não é frouxo. Ele não é irredutível, mas também não é manipulável.



Mulheres, como apresentamos Jesus?

Quando decidimos as coisas por nossa conta, na verdade, isso é apenas um convite para que o esposo peque, é uma tentação à sua liderança. A responsabilidade primária é dele. Estimule-o a isso então! Quanto conforto e segurança há nisso! Toda mulher que realmente tem o privilégio de estar sob a autoridade de um homem responsável desfruta de uma paz perene e pode compartilhar do espírito tranquilo que havia na submissa Sara.

Não permita que o silêncio de Adão ecoe na sua família. Ser submissa é uma questão de honra para nós diante dessa confusão que a insubmissão trouxe ao mundo. Ouça seu marido nas questões educacionais da sua família, ouça sua orientação quanto ao que entra de cultura no seu lar. Deixe de lado suas emoções e suas afeições de mãe e, como numa dança, permita-se dar e receber, deixe-o liderar e siga-o. É assim que a dança funciona. Quando há insistência na liderança de ambos, não há dança. É o prazer da mulher em se submeter à liderança masculina que dá liberdade ao homem. É a disposição do homem de assumir a liderança que dá liberdade à mulher. A aceitação de suas respectivas posições os libera e os enche de alegria", disse a querida Elizabeth Elliot.

A entrega diária deixa de ser um sacrifício e torna-se uma alegria porque passamos a viver exatamente a realidade espiritual do amor perfeito: Cristo na cruz, entregando-se por sua amada. Ele conheceu a alegria que lhe estava proposta quando suportou a cruz e nós sentimos muita alegria nesta entrega mútua.

Esse podcast é um interlúdio no meio da temporada sobre séries que viciam. Senti que deveria conversar sobre isso com você, mãe. Não adianta falarmos sobre autoridade dos pais se não há amor e respeito entre o casal. Os esforços serão em vão se houver dissonância. Nosso impacto como família de Deus no mundo virá em cumprirmos, homem e mulher, nosso papel pré-ordenado pelo Criador. Na submissão feminina, esconde-se a autoridade amorosa masculina. Na liderança do homem, a segurança e consolo da mulher e dos filhos e da família.


Pense nisso.

Eu sou Adna Barbosa e escrevo para o site femininamulher.com.br e este foi o quarto podcast da temporada Séries que Viciam.

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Que o Senhor te abençoe!

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