Cultura Ocultista: como estamos lidando com ela?

07:20:00

 


(Transcrição do áudio)




Nesta semana, tenho recebido diversos vídeos alertando os pais para que sejam cuidadosos quanto aos filmes, um específico,chamado Meu Pai é Noel no qual se faz apologia ao satanismo. Por aqui, chamou atenção uma exposição feita num dos maiores shoppings, cuja placa de entrada dizia: Escola de Magia e Bruxaria. Ainda outra personalidade conhecida do mundo político alertou para algo semelhante em suas redes sociais.

Compartilho do mesmo sentimento de todos os que se indignam, dos que alertam, dos que sentem repulsa por este tema. Sim, é algo perigoso e precisamos estar alertas. Aprecio e faço coro com todos os pais, líderes, educadores e personalidades públicas que combatem contra o mal. Mas há um lado dessa história que quero enfatizar, e aqui eu quero que entendam meu papel entre as vozes que clamam contra o mal. Talvez a minha voz seja um pouco mais rouca, menos comum, até estranha. Mas aqui está uma irmã que também se preocupa com seus filhos e com a geração de seus filhos. Aos que a princípio não consigam me entender, peço que façam um esforço para me tolerar.

Nas escolhas que faço em casa e naquelas que dirigem meus valores, adoto planos que talvez sejam tidos como exagerados. Alguns me interpretam até como alguém que trabalha contra a literatura. Já fui até chamada de anti-intelectual por um professor que não compreendeu minha missão e o tamanho do meu compromisso com aquilo que abracei quanto à educação e formação espiritual minha e da minha família. Talvez muitas das minhas escolhas culturais esbarrem nas escolhas da maioria dos pais, muitos deles piedosos e criteriosos, pelo menos nas intenções.

Quero dizer-lhes que, se você combate contra o reino das trevas, se você se preocupa e ora por seus filhos, incutindo neles a Palavra de Deus todos os dias com diligência, se você no íntimo rejeita o mal e age (não somente reage) contra ele, então estamos unidos juntando no mesmo Reino.

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Palavras como adivinhação, encantamento, agouro, bruxaria, feitiço, oc ultismo, zumbis, espírito de mortos eram palavras, até pouco tempo atrás, repugnantes para um cristão. Lembro de como minha mãe falava sobre essas coisas com meias palavras para não sujar seus lábios. Aliás, esse era um assunto proibido em casa e, não somente o assunto, como tudo o que o possuía: desenhos, brinquedos, filmes, livros… Hoje, essas palavras se tornaram comuns entre os cristãos e há até os que tentam a todo o custo ilustrar verdades do Evangelho com elas. Esforçam-se por achar lições bíblicas em literaturas carregadas de conteúdo espiritual do mal. Apelam dizendo que desde que o mal seja mal e as trevas o representem, e que o bem seja retratado pela luz e pelo belo e bom, vale como narrativa para a formação moral de nossos filhos. Mas isso nada mais é do que reproduzir o que os israelitas fizeram ao habitar na terra de Canaã. Eles imitaram os costumes detestáveis das nações que habitavam ali e essa cópia custou sua liberdade e soberania.

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Para nós, o perigo pode não estar tão aparente assim como está para os que assistem tais programações televisivas. Rituais baseados na natureza e feitiçaria são oferecidos em todo o lugar até mesmo em livros aparentemente bons e recomendado por bons nomes. Em nome do “examinai tudo, retende o bem”, muitos estão dando todo o tipo de comida cultural aos filhos, alegando ser um alimento criativo para estimular os jovens a desenvolverem a imaginação. Distorcem o ensinamento de Paulo, desconsiderando todo o resto das Escrituras que nos alertam contra as sutilezas do pecado e das estratégias do maligno.

Muitas vezes precisaremos ir além, não olhando para pessoas que nos inspiram em outras áreas. Sim, há bons cristãos liberando todo tipo de leitura em suas casas, pessoas que você admira! Você pode até pensar: “se aqueles pais permitem, então não há problema”. Sim, pessoas que admiramos podem nos fazer tropeçar quando olhamos para elas, antes de olharmos para Cristo e Sua Palavra. Bons modelos devem ser vistos através das lentes de Cristo e de Sua Palavra. Paulo disse: “sede meus imitadores como eu sou de Cristo”. Sem Cristo, não há porque imitar. Aqui então cabe o reter somente o bem. Filtre só o que é bom dos servos de Deus, lembrando-se sempre de que eles são imperfeitos e carecem da graça de Deus assim como você.

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Pare agora e olhe para onde está. Pense no tamanho da guerra na qual se envolveu. Você já deve ter percebido que o inimigo não trabalha somente lá fora, mas trabalha aqui, bem perto de nós, tentando a todo tempo, buscando capturar a atenção. Ele tem suas armadilhas, como Pedro falou em sua carta. Ele está em derredor e vai tentar dar um jeito nas suas “boas intenções” para que elas trabalhem para ele. Sim, já ouvi dizer que boas intenções não podem nos tirar do inferno. Elas não são suficientes. Precisamos de algo mais do que boas motivações. Precisamos da vigilância, da sagacidade para driblar as estratégias do inimigo. Não é só de pureza que se toma o céu, mas também de disciplina perseverante e resistência contra o mal. Resistir e perseverar envolvem força.

As armadilhas do inimigo para os pais que já foram despertados para a concupiscência que há no mundo é tentar pegá-los naquilo que acreditam ser virtuoso. Logo que tiramos nossos filhos da escola, descobrimos que em casa eles aprendem mais, leem mais, podem exercitar mais a mente e isso nos fascina. Lembro que nos primeiros 6 meses de educação domiciliar, minha filha leu mais livros do que em todo o tempo de sua vida até então. Isso era extraordinário! E aí uma brecha enorme abre-se nos muros que estamos construindo: facilmente trocamos a honra a Deus pelo desejo de ser mais inteligente ou, seguir a correnteza da maioria que já caiu neste engodo: famílias que criaram metas literárias exigentes, que competem tacitamente para mostrar que sua casa tem uma cultura superior à da maioria dos mortais presos no sistema que emburrece.

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Assim como o argumento de que crianças precisam ir para escola para serem “pequenos missionários” não faz sentido, o argumento de que devemos ler sobre ocultismo para conhecermos o mal e assim combatê-lo não é inteligente. Crianças não estão equipadas para detectar o mal e ainda estão sendo alicerçadas nas verdades do Evangelho de Cristo. Já temos que lidar com tantas questões espirituais urgentes, como tratar dos pecados do coração, estimular a fé, desenvolver a virtude e amor a Deus que não dá pra dividir esse espaço com os que trabalham exatamente contra todos os nossos esforços para os conduzir a Cristo. Eles precisam fortalecer a fé aprofundando-se na leitura da Bíblia (a propósito: eles ou nós lemos o tanto que deveríamos?), na oração (praticamos essa disciplina com o mesmo afinco que crescemos em conhecimento secular?), engajando-se na igreja local (eles estão envolvidos no evangelismo e na comunhão com os santos?).

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Se a leitura desenfreada de livros que estimulam o apetite pelo terror ou magia é maior do que o desejo pela Lei de Deus, esses jovens precisam urgentemente de um nutricionista espiritual, e eu tenho que lhe dizer: esse nutricionista é você, pai e mãe! Essas disciplinas são a fonte de vida da sua família! Façamos sinceramente uma análise espiritual e busquemos equipar nossos filhos com a verdade de Deus para que eles possam, futuramente, entrar na guerra contra o mal. Eles precisam de fundamentos racionais para confirmar a fé que têm. Eles não sabem detectar as falácias lógicas e as premissas erradas e eu já testei isso e encontrei que esta é a realidade entre as crianças e jovens. Estamos protegendo nossos filhos espiritualmente?

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Harry Potter, Uma Dobra no Tempo, Jardim Secreto e outros títulos são literaturas ficcionais que imergem seu filho no mundo da feitiçaria e idolatria. E não sou eu somente que alerto para isto. Nancy Pearcey, no livro Verdade Absoluta, fala sobre o perigo de entregarmos livro que podem levar nossos filhos por falsas cosmovisões. Isso é proteger os filhos. Ela conta uma experiência que a deixou aturdida. Uma mãe de um colega de seu filho recomendou o livro Jardim Secreto. Ao ler, ela descobriu que se tratava de um anúncio claro de panteísmo oriental em forma de história. Ela escreve que ainda assim, conhecia incontáveis pais e professores cristãos que leram o livro com os filhos sem ter detectado a cosmovisão panteísta oriental. Tempo depois, seu filho recebeu a tarefa escolar de lê-lo como dever de casa... e a escola era uma escola cristã.

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Há quem defenda que podemos ler com os filhos, trazendo a cosmovisão cristã. Mas sejamos honestos: quem é o pai ou mãe que lê esses livros com os filhos? Quem consegue acompanhar a sede que eles têm por esse tipo de leitura quando são permitidos consumir? Não conheço um pai sequer que sente com seus filhos e, junto com a Bíblia, saia ponto a ponto combatendo o mal dessas histórias. Se fizessem esse trabalho, cedo descobririam que não valeria a pena gastar tanto tempo para filtrar um bem escasso, quando há tanto tesouro a ser explorado em livros bem melhores.

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E não se trata de proibir apenas. De fato, é mais fácil proibir do que dar razões sábias para as escolhas que um pai ou mãe faz a respeito da cultura que entra em sua casa. O foco não é proibir, mas principalmente permitir com a desculpa de que examinará tudo e reterá o bem, pra depois ver que não deu conta. Não proponho o mais fácil, mas o possível.

Não dá pra romantizar com as coisas do diabo, nem relativizar seus efeitos danosos. Lembre-se do que Jesus disse: "Um pouco de fermento leveda toda massa". E isso Jesus falou sobre um assunto tal com o nosso: a doutrina dos escribas e fariseus. Ele não disse para "filtrar" ou "ler" para entender. Ele disse: um pouco só faz um grande estrago. E é isso que quero dizer. Vigiemos. Não há bom nisso. O mundo espiritual é desconhecido e perigoso. Não podemos baixar as armas.

Você pode até achar que estou errada em alguns pontos, como eu também muitas vezes acho que alguns irmãos meus estão errados.

Uma coisa nos une: estamos juntos combatendo contra Satanás e trabalhando por Cristo. Louvo a Deus por sua vida, irmão ou irmã que tem compartilhado vídeos alertando os pais.

Eu rogo a você, pai e mãe, que desista de qualquer coisa que se interponha entre sua família e a salvação das suas almas. Arraque a “mão”, o “pé”, o “olho”, se eles ofendem a Cristo e podem levar seus filhos a servir ao pecado. Olhos, mãos e pés são partes de nós que são queridas e úteis. Às vezes, o livro ou a série possa ser que tenha um belo enredo, ou até mesmo alguma utilidade intelectual para a vida. Mas, se em algum momento faz nossos filhos sentirem um pouco do gostinho do pecado, eles devem ser descartados e abandonados pois prejudicam suas almas, podendo levá-los ao inferno. Não importa a dor que tal sacrifício possa custar pra você. Talvez custe seu tempo de descanso, custe uma amizade, um aplauso no meio do seu círculo social. Talvez custe sua reputação, assim como custou a minha ao ser chamada de anti-intelectual. À primeira vista, parece que agir assim é radical demais, mas o que haveria de mais radical do que decepar mãos, pés e olhos? Jesus nos chama ao discipulado radical.

Estes membros foram feitos para servirem a Deus, mas também foram contaminados pelo pecado e agora são propensos para o mal. A inteligência humana foi feita por Deus, as belas imaginações da mente humana foram feitas por Deus para nosso deleite. Bons livros nos fazem viajar, nos enriquecem, acrescentam às nossas vidas. Mas não esqueça dos pensamentos de Deus ao sentir o suave cheiro da oferta de Noé. Ele disse: “Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice” (Gênesis 8:21,22).

As produções culturais são recheadas de pecado, desde os vídeos até os livros. A imaginação humana, o poder criativo é instrumento propenso para o mal, e lento pra fazer o que é bom. Se não estiver sob a orientação correta, será instrumento de morte.

O remédio contra esse mal é investir na leitura e meditação da Palavra. Quando a lemos, mantemo-nos familiarizados com seu vocabulário e aprendemos a odiar o que ela odeia e a amar o que ela ama. A leitura compulsiva de livros (de determinados gêneros, em especial) pode mudar o valor que as palavras carregam e a nossa relação com elas. Esse é o primeiro estágio da depravação cultural. Espiritualmente falando, estamos sendo corrompidos pela literatura que vê com naturalidade a existência de bruxas e bruxos do bem, feiticeiros, rituais de magia e afins. Não sabemos ao certo quais frutos esta geração colherá, eu só sei que seremos responsabilizados por este mal, se tivermos cultivado em seus corações.

Veja as minhas palavras aqui como uma solene advertência, considere essas palavras como o conselho de uma mãe cheia de ternura, como a advertência de uma amiga fiel. Por mais que as pessoas possam nos ridicularizar por causa de nosso rigor, o da nossa atitude radical de decepar partes importantes de nós, lembre-se de que estamos aqui para crucificarmos todos os dias “a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5.24). Negue aos seus filhos qualquer prazer que incorra no risco de eles se afastarem do Senhor Jesus. Você não está sozinho. Ao seu lado está grandes homens como Jó, Paulo, Jeremias, Daniel, Jesus. Coloquemos nossos filhos para andarem nos mesmos passos de Jó. Ele disse: “Fiz aliança com meus olhos” (Jó 31.1). Paulo também fez parte deste time de radicais. Ele escreveu: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1Co 9.27).

Deveríamos sentir horror da eternidade distante de Deus. O Senhor Jesus falou sobre o “inferno” dizendo que lá o verme “não morre” e o “fogo” não “se apaga”. Essas são palavras assustadoras que deveriam mexer com a mente dos nossos filhos, causando-lhes assombro. São verdades que precisam ser ponderadas, consideradas e lembradas por todos os que se professam cristãos.

... (ouça no podcast)

O precioso sangue de Cristo é capaz de resgatar do inferno, da ira futura que virá sobre os pecadores. Há misericórdia para todos aqueles que confessarem o nome de Jesus Cristo. Então, ousadamente afirmemos que há um inferno e ensinemos nossos filhos a fugir dele, antes que seja tarde demais. Sabendo dos terrores do inferno, do verme e das chamas eternas, persuada-os à fé, lembrando do temor se deve ao Senhor” (2 Coríntios 5:11)

Ryle disse: “nunca é demais falar sobre Cristo, mas é perfeitamente possível falar de menos a respeito do inferno”.

... Guardemos no coração esperança na graça salvadora do Espírito Santo que santifica, purifica e preserva da corrupção nossa família. Mas mantenhamo-nos sob vigilância diária, oremos a fim de que sejamos guardados de toda negligência e pecado, para que não desprezemos as realidades espirituais.

Por fim, quero deixar aqui os conselhos de William Barclay. Estas palavras fazem parte de seu comentário que trata do PERIGO DO CORAÇÃO VAZIO, baseado no texto de Mateus 12:43–5, que diz:

'Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, procurando repouso, e não o encontra. Então diz: “Voltarei para minha casa, de onde saí”, e quando chega, encontra-a vazia, varrida e em perfeita ordem. Então vai e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele, e eles entram e fazem morada ali. Assim, o último estado desse homem torna-se pior do que o primeiro; assim será com esta geração perversa.'


Ele escreve:

“Há inúmeras verdades práticas nesta pequena e compacta parábola sobre a casa mal-assombrada.

(1) O espírito maligno é banido do homem, não destruído. Isso quer dizer que, nesta era atual, o mal pode ser vencido, afastado, mas não pode ser destruído. Ele está sempre buscando a oportunidade de contra-atacar e recuperar o terreno perdido. O mal é uma força que pode estar sob controle, mas nunca é eliminada.

(2) Isso significa que uma religião negativa nunca pode ser suficiente. Uma religião que consiste em dizer apenas não deve terminará em fracasso. O problema de tal religião é que ela pode purificar as pessoas proibindo todas as suas más ações, mas não pode mantê-las purificadas. Vamos pensar nisso na prática real. As pessoas que bebem em excesso podem ser reformadas; podem decidir que não passarão mais tempo em bares; mas eles devem encontrar outra coisa para fazer; eles devem encontrar algo para preencher seu tempo agora vazio, ou simplesmente voltarão a seus maus caminhos. As pessoas cuja busca constante tem sido o prazer podem decidir que devem parar; mas eles devem encontrar outra coisa para fazer para preencher seu tempo, ou simplesmente, através do próprio vazio de suas vidas, voltarão para suas antigas atividades. A vida dessas pessoas não deve apenas ser esterilizada do mal; eles devem ser nutridos para se tornarem produtivos e frutíferos.

Sempre será verdade que 'Satanás ainda encontra algum mal para os que têm mãos ociosas'. E se um tipo de ação é banido da vida, outro deve substituí-lo, pois a vida não pode permanecer vazia.

(3) Segue-se, portanto, que a única cura permanente para a má ação é a ação cristã. Qualquer ensino que pare de dizer às pessoas o que elas não devem fazer está fadado ao fracasso; deve continuar a dizer-lhes o que devem fazer. A única doença fatal é a ociosidade; mesmo uma ociosidade esterilizada logo será infectada. A maneira mais fácil de vencer as ervas daninhas em um jardim é enchê-lo de coisas úteis. A maneira mais fácil de manter uma vida longe do pecado é preenchê-la com ações saudáveis. Simplificando, a Igreja manterá mais facilmente seus convertidos quando lhes der um trabalho cristão para fazer. Nosso objetivo não é a mera ausência negativa de ação maligna; é a presença positiva do trabalho para Cristo. Se estamos achando as tentações do mal muito ameaçadoras, uma das melhores maneiras de vencê-las é mergulhar na atividade para Deus e para o próximo.”

Fim dos conselhos de William.



Meus irmãos,

acima de tudo, nós, que estamos ajuntando com Cristo, vivamos em paz uns com os outros, combatendo contra o inimigo comum. Vivamos revestidos de humildade e de amor por todos aqueles que amam Cristo com sinceridade. Essas coisas parecem simples. Mas há grande recompensa em atentarmos a elas.



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Adna Souza Barbosa


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