Lições da Vida de José

12:51:00


Gostaria de compartilhar com vocês algumas lições da vida de José que inspiram minha vida hoje.

1. JOSÉ ERA O MAIS AMADO DOS IRMÃOS.
Como fruto da obediência, José era o mais amado dos irmãos. Jesus também foi o “filho amado” enviado pelo Senhor da vinha, Deus, com o fim de obter o fruto da vide. “Mas, vendo-o os lavradores, arrazoaram entre si, dizendo: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, para que a herança seja nossa” (Lucas 20:14). E não foi assim com José? Jacó, homem honrado e escolhido por Deus, patriarca, não o elegera ao título de filho amado em vão. Para ter o amor especial de seu pai, José precisou renunciar muitos desejos, convites dos irmãos e tentações da carne. Jesus, ainda que era Filho amado, “aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem” (Hebreus 5:8-9). Muitos querem as dádivas da obediência, mas poucos querem pagar o preço dela.

Seus irmãos não entendiam isso. Achavam injusta essa consideração de Jacó por José. É sempre assim, as pessoas querem prestígio, respeito e honras, mas não querem pagar o preço da obediência e sujeição ao caminho estreito e de dores. Não entendem que o que o “consagrou príncipe da salvação” foram justamente as aflições (Hb 2.10). Então, ao invés de seguir o exemplo daquele filho de Deus obediente, ou ao menos reconhecer que sua obediência e renuncia aos prazeres carnais rederam-lhe a atenção especial do Pai, escolhem criticar, odiar, murmurar e viver em “pé de guerra” com ele. Atitudes no mínimo covardes.


2. JOSÉ TRAZIA MÁS NOTÍCIAS DOS SEUS IRMÃOS. 

Ser correto e justo em meio ao erro e à injustiça provoca a ira dos que estão do lado errado. O simples fato de agir segundo a verdade denunciará, sem palavras, o comportamento reprovável dos que vivem no engano. Basta apenas a boa conduta para provocar desconforto naqueles que se acomodaram nas poltronas do pecado. “Todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas” (Jo. 3.20).

Deus amou de tal maneira o mundo que enviou o seu filho Jesus. Jacó amava tanto a seus filhos que enviou seu filho preferido, José. Assim como Cristo que veio ao mundo não para condenar, mas para salvar, a vida de José deveria ter sido vista como padrão a ser seguido, padrão de justiça e verdade e redenção. Mas, seus irmãos “amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo. 3.19).  Jesus, como a luz do mundo que  “iluminou os que estavam assentados em trevas e os que estavam assentados na região e sombra da morte” (Mt 4.16-17), não somente iluminou, mas começou a pregar e a dizer: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”. Da mesma forma, José não apenas tinha um padrão de conduta a ser seguido como denunciava as más obras dos seus irmãos.

Denunciar o pecado, combater e falar contra o mal enraizado no coração da humanidade provoca ira e desejo de vingança naqueles que vivem na prática do pecado. Assim como José, a mensagem de Jesus acirrou os ânimos dos judeus, e seus próprios irmãos o odiavam. Veja João Batista e o fim que teve por denunciar o pecado de Herodes com Herodias. Assim como naqueles dias, ser um atalaia da verdade nos dias atuais atrai o ódio e a rejeição dos pecadores conformados.


3. JOSÉ TINHA SONHOS VINDOS DE DEUS. 

Outra coisa que provocou ainda mais o ódio no coração dos irmãos de José foram os sonhos que Deus lhe dera. Ora, ninguém pede para ter sonhos, você simplesmente os tem. Se pudéssemos controlar os sonhos não teríamos pesadelos. E há sonhos que vem de Deus. As revelações de Deus para a vida de José pelos sonhos serviram de estopim para a execução do plano de anular a vida de José. “Veremos o que será dos seus sonhos”, foi o que eles disseram ao planejar matar-lhe.

As revelações de Deus para você, a afinidade que você possui com Deus e sua conduta de obediência provocará a ira e o ódio por parte daqueles que escolheram viver irresponsavelmente diante de Deus. Eles não entendem que entre a revelação e o cumprimento há uma longa jornada que só poderá ser percorrida por aqueles que obedecem, renunciam e procuram agradar a Deus.

Eu sei que é mais fácil nutrir o ódio, é mais fácil assentar-se e falar mal do irmão, e sei também que é difícil enxergar o espinhoso caminho da obediência quando o que se quer são facilidades. Infelizmente há muitos irmãos que “assentam-se a falar mal contra seu irmão, falar mal contra o filho da sua própria mãe” (Sl 50.20). E outros, assim como os irmãos de José, “matam” aquele irmão indesejado excluindo-o da sua vida.

Mas Deus transforma o mal em bem para aqueles que amam a Ele, e que foram chamados segundo o seu eterno propósito (Rm 8.28). Quanto maior for o mal semeado, maior se revelará o bem de Deus na vida daquele filho amado. “A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (2 Co 4.17). Portanto, espere. Confie em Deus. Não atente para o que se vê. Não pague na mesma moeda. Lembre-se: a vingança não pertence a você. “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12:21). Deus não precisa da sua ajuda, muito menos da sua justiça. Ele sabe muito bem preparar uma mesa para o seu filho na presença daqueles que o odeiam.


4. JOSÉ SOUBE COMPREENDER OS DESÍGNIOS ETERNOS DE DEUS.

A principal lição que podemos extrair da vida de José em relação ao ódio dos seus irmãos é a de humildade e compreensão dos desígnios de Deus. Ele entendeu o plano maior de Deus acima dos sentimentos mesquinhos do homem. Ele entendeu que Deus fez assim para conservar a vida de toda sua família. Quando Deus cumprir o que foi revelado não se ensoberbeça, mas tema. Você foi apenas um canal para o cumprimento de uma promessa que vai além de você. Você é apenas o “cavalo” do Rei. No xadrez, cada peça tem o seu significado e valor. O cavalo representa os cavaleiros do rei e consequentemente são os mais bem treinados soldados da guarda real. Ele é a única peça que salta pelas outras. Jogadores inexperientes normalmente temem o cavalo por não conhecer o modo diferente do seu movimento. Assim como o cavalo do xadrez, José era apenas um dos soldados mais bem treinados. Treino exige disciplina, abstenção e renúncias. José saltou diante dos outros e por não entenderem quase nada dos propósitos eternos do Rei, seus irmãos o temiam. Essa comparação não é perfeita, mas se aproxima da função designada por Deus a José.

José compreendeu que era apenas uma peça no desenrolar da história dos israelitas. Assim como ele, que possamos compreender, ao final de tudo, depois de vencida todas as batalhas e conquistado a vitória, que fomos instrumentos de Deus na preservação dos seus desígnios eternos, que inclusive abarca a provisão e proteção de Deus àqueles que humanamente não entendiam suas escolhas e vida de obediência.

Deus sempre se utilizará dos seus “cavalos” para preservar seus eternos propósitos. Confie no Senhor e faça sempre o bem não temendo o inimigo. Nossa luta não é contra as pessoas, mas contra “os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:12).

Que Deus seja sempre glorificado em nossa vida e que o inimigo seja sempre derrotado diante do amor e perdão àqueles que nos odiavam. Foi assim que Cristo venceu na cruz. Estando nós mortos nos pecados, “na incircuncisão da nossa carne, nos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo” (Colossenses 2:13-15). Sigamos o exemplo de Cristo, “saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério. Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura” (Hebreus 13:13-14). Fazemos parte de um projeto maior, que vai além desses sofrimentos. Compreenda essa mensagem e trabalhe para a consumação desse engenhoso projeto. Deus nos ajudará.

Um abraço a todos.

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Adna Barbosa

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