Donald Trump, Kim Jong-un e as orações de algumas crianças

14:13:00

 


Todas as segundas-feiras, aqui em casa, uma das crianças escolhe um país para orarmos. Aproveitamos para conhecer um pouco de sua cultura, economia e política. Tem sido uma experiência maravilhosa! Adotamos essa prática depois que uma querida amiga e irmã em Cristo, mãe educadora, nos contou a respeito de sua rotina domiciliar e de como essa prática havia aberto os olhos de seu filho para as necessidades do mundo.



Semana passada foi a vez da nossa caçula de escolher um país. Ela girou o globo e repousou seu dedinho na região da Ásia, perto do Japão. Seus olhos pararam sobre a Coréia. Decidimos então que iríamos orar pela Coreia do Norte. Colocamos, naquela semana, o ditador Kim Jong-un e o presidente dos EUA, Donald Trump, em nossas orações. Mostramos um pouco da triste história de guerras e a tremenda opressão em que vive aquele povo, privado da liberdade e, consequentemente, da oportunidade de ouvir a mensagem do Evangelho. Lemos sobre a igreja perseguida daquele local, e sobre os enormes desafios que um mensageiro tem de anunciar as boas-novas.

Como sempre, eles ficaram consternados com a situação e isso os levou a fazerem um clamor mais intenso. Foi uma boa experiência. Durante a semana, tivemos a oportunidade de acompanhar tudo o que se passava por lá, culminando, ontem, no acordo com os EUA. Ao ver e ouvir as boas notícias, eles logo associaram a vitória às orações. João disse: “Mamãe, nós estamos famosos! Por causa da nossa oração, eles resolveram o problema!”.

Eu pensei em corrigi-lo por tamanha prepotência. Mas, pensando um pouquinho, tive que concordar com ele. Nós não estávamos na TV nem tivemos o nosso nome na lista dos negociadores. "Mas, sabe de uma coisa?”, falei, “não somos desconhecidos nem estamos ocultos perante os olhos daquEle que governa todo o mundo. Os que oram são os verdadeiros famosos aos olhos do Senhor do Universo”. E completei: “João, nós somos famosos de verdade! Não somente nós, mas todos os que entram no seu quarto e, fechando a porta, oram ao Pai que está nos céus”.


Completei com o que está escrito em Eclesiastes 9:
“Voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha, nem tampouco dos sábios o pão, nem tampouco dos prudentes as riquezas, nem tampouco dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos… Também vi esta sabedoria debaixo do sol, que para mim foi grande: Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou e levantou contra ela grandes baluartes; E encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembrava daquele pobre homem. Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada, e as suas palavras não foram ouvidas. As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina entre os tolos. Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, porém um só pecador destrói muitos bens” (Eclesiastes 9:11-18).

É isso, irmãos. Melhor é a sabedoria do que as armas nucleares. Melhor é a oração do que as atitudes e palavras precipitadas. Oramos agradecendo a Deus pela resposta de oração e aproveitamos para rogar pelo nosso próprio país.

Não menosprezemos nossas crianças. Deus tem um carinho especial por elas e dá maior graça aos pais que sinceramente se colocam como representantes dEle em suas vidas. Que nessa luta por criar meninos e meninas úteis, não nos esqueçamos de que há um tempo determinado e uma oportunidade única para que ensinemos o valor da sabedoria. O tempo da infância é um só para todas as crianças: ele é frutífero, cheio de vida e muito, muito breve. Independente do que façamos por eles para apressarmos o futuro, todos chegarão lá e todos igualmente terão suas oportunidades: o rico e o pobre. A grande questão é: só aproveitarão a oportunidade aqueles que souberem discernir que o tempo chegou. E para isso, o que conta é a oração, o treinamento na sabedoria, o temor ao Senhor.

Deixemos de pressa. Deus tem o seu tempo. As coisas acontecerão sem que precisemos forçar a porta. Ele só nos pede obediência ao chamado para criar esses meninos para a glória do nome dEle. Independente do que façamos, Deus está com seu ouvido atento às orações dos pais piedosos. Ele já escreveu todos os dias dos nossos filhos no Seu livro e cumprirá o que está ordenado a respeito deles, e muitas coisas como estas ainda tem consigo (Jó 23:14). Seus pensamentos são de paz, e não de mal, para nos dar o fim que esperamos.

“Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração. E serei achado de vós, diz o Senhor, e farei voltar os vossos cativos e congregar-vos-ei de todas as nações, e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o Senhor, e tornarei a trazer-vos ao lugar de onde vos transportei. Porque dizeis: O SENHOR nos levantou profetas em babilônia”. (Jeremias 29:11-15)

Sim, Deus ainda levanta profetas na Babilônia! Ele quer levantar nossos filhos num tempo de opressão, para conceder liberdade aos que estão cativos. Oremos por estes pequenos profetas de Deus. Ele nos ouvirá. Não desprezemos as crianças. Elas são a promessa de um futuro melhor.


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Adna S Barbosa




P.S. Estamos de “jejum” das mídias sociais, mas não dava pra ficar calada. Como o salmista, que prometeu guardar seus caminhos para não pecar com a sua língua - no nosso caso, com os dedos e visão - e colocar um freio em sua boca, não consegui ficar muda diante do bem que nos aconteceu. “Esquentou-se-me o coração dentro de mim; enquanto eu meditava se acendeu um fogo; então falei com a minha língua” (Salmos 39:1-3). É isso! Às vezes, é melhor falar do que calar, e aproveitar o tempo e a oportunidade para edificar a outros com as experiências que nos têm fortalecido.

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