Às vezes, em nossas amizades, Deus nos chama para refletirmos o amor e amizade de Cristo. Não sei por que, mas Ele muitas vezes dá aos outros braços vivos da sua fidelidade ao tornar algumas pessoas amáveis, fiéis, bondosas, perdoadoras... Achou a graça de Deus quem as conhece, pois tem a oportunidade de projetar o amor divino na face do seu amigo. E assim, tudo se torna mais fácil: a vida, o entendimento da vontade de Deus, o amor, o ódio, a derrota, a vitória.

Deus nos chama para ser esse tipo de amigo. Amigo que entende a rejeição, que suporta o desprezo, que ignora a afronta, que insiste na comunhão mesmo não recebendo o amor na exata proporção que oferta. Mas há um elemento em nós que atrapalha o livre fluir dessa dádiva: nosso orgulho. Somos demasiadamente "bons" para sermos rejeitados. Nossos mínimos esforços são para nós mais caros que o sangue de Jesus na cruz. Tão caros que não podemos perdoar quem não os reconhece. "Ah, ela nem percebeu o quanto fui leal, o quanto a ajudei, o tanto que amei", choramingamos. E levamos por longos anos os frutos amargos da decepção.

Deus quer levantar amigos como Jesus. Amigos que procurem, mesmo quando não são procurados, que convidem, mesmo quando são excluídos, que ajudem, mesmo quando permanecem na solidão. Bem, esse não é o tipo de pessoa que se conquista com leituras e pensamentos positivos. Esse é o tipo de pessoa que se encontra morta na cruz, mas viva para Deus. Ela tem a graça de Cristo e por isso consegue marcar eternamente a vida daqueles que toca. 

Você quer ser um amigo assim?