Maíra: "tenho aprendido o que é viver em família, meu casamento foi restaurado pela graça de Deus"

07:23:00



Bom dia!
Dando continuidade aos testemunhos, recebemos um lindo relato da feminina Maíra Morais. Em sua sinceridade, Maíra contou como Deus moldou seu pensamento para que refletisse a glória dEle no seu casamento e família.


Com vocês, Maíra!



"Tenho 36 anos e sempre tive o desejo de me casar e ter filhos. Com a graça de Deus esses presentes chegaram: tenho dois meninos lindos, um com 6 anos e outro com 2 anos. Meu marido conta que o que fez com que ele prestasse mais atenção em mim foi uma conversa que tive com uma colega de trabalho. Ele estava a ouvir, pois trabalhávamos juntos. Nesse momento eu tinha uns 22 anos e dizia à minha colega que não pretendia ser uma grande executiva, pois meu objetivo não era trilhar uma bela carreira profissional. Disse-lhe que eu me enxergava mais como mãe e dona de casa. 

Hoje, relembrando isso, fico maravilhada pois vejo que este desejo me foi dado pelo Senhor. Mesmo assim, seguia minha vida profissional e acadêmica, talvez porque aquele meu desejo destoava do costume de todas as mulheres. Que mulher com acesso à informação e universidade poderia desejar a vida medíocre do lar? Uma vez, eu ainda não tinha filhos, lembro-me de dizer a um outro colega de trabalho que queria fazer um curso para aprender a técnica artesanal do patchwork. Que vergonha! Ele disse que eu deveria deixar aquilo para a terceira idade e, por enquanto, estudar para progredir na carreira. Como eu pude ter dito aquilo? 

Meu primeiro e tão sonhado filho teve o privilégio de ser cuidado pela minha mãe, afinal, eu estava trabalhando para dar a ele um futuro melhor. Porém, aos 3 aninhos, ele foi para a escolinha, em período integral. Na maioria dos dias eu o deixava na escola às 8h e meu esposo o buscava às 18h30. Em outros dias, eu tinha o privilégio de passar parte da manhã com ele e o levava para a escola apenas às 11h. Ele chorava todos os dias, agarrava-se em mim, não queria entrar na escola. Eu não sabia como agir, entrava no carro sem olhar para trás. Todos me diziam que aquilo era normal. Como poderia ser normal? Mas a vida foi seguindo, todas as mães que eu conhecia e todos os seus filhos passavam por aquilo. Eu saía do trabalho às 19h30 e, na maioria dos dias, chegava em casa cansada demais para dar atenção ao meu pequeno filho. Para “cumprir uma tabela”, nós brincávamos um pouco, líamos uma história e eu o colocava para dormir. 

Não sobrava tempo para o marido nem para cultivar o casamento. Aliás, eu nem sabia o que era isso. Minha casa estava abandonada, eu não tinha tempo para cuidar do lar, não cozinhava, eu e meu esposo nunca fazíamos refeições juntos por causa dos horários trabalho. Mas tudo aquilo era normal. Só não era normal a confusão mental por tentar dar conta de tudo e a falta de paz interior, eu ficava pensando em alternativas, mas não as encontrava, porque confiava apenas em meus próprios esforços. Confesso que à essa altura, frequentávamos pouco a igreja, nossos finais de semana eram um tempo precioso demais para “perder” na igreja, eventualmente eu trabalhava também aos sábados e aí sobrava menos tempo ainda. 

Quando meu segundo filho nasceu, o primeiro tinha 4 anos e tudo estava desmoronando dentro de mim. Eu era uma esposa e dona de casa ausente, meu filho estava terceirizado, meu relacionamento com Deus não existia. A rotina maluca só ficou mais complicada com a chegada do segundo filho. Foi então que, graças a Deus, meus olhos se abriram e eu consegui ver que nada daquilo era normal. Pelo menos para mim não estava dando certo! Comecei a cogitar com o meu esposo a possibilidade de parar de trabalhar por um tempo para me dedicar melhor à maternidade. Parecia um absurdo, afinal tínhamos que aproveitar o momento de ascensão financeira, pensar no futuro dos meninos. Quando eu falava sobre parar de trabalhar com outras mulheres eu ouvia que aquilo era uma loucura, meus filhos cresceriam e eu não poderia parar a minha vida por causa deles. Além disso, eu era nova e inteligente (nossa! Como eu ouvi isso! Ser dona de casa deveria ser sinônimo de falta de inteligência). Mas eu estava, pela graça de Deus, cada vez mais convencida de que eu deveria me dedicar mais ao meu esposo, à minha casa, aos meus filhos. Isso ardia dentro de mim. Mesmo longe da igreja, comecei a orar pedindo a Deus que, se fosse da vontade Dele, que Ele mudasse o coração do meu marido, porque eu estava disposta a pedir demissão do meu emprego público estável para viver novos e preciosos papéis. Quando não nos sujeitamos à Sua boa, agradável e perfeita vontade, Deus, que é misericordioso, nos permite trilhar nossos próprios caminhos. Ele não impõe Sua vontade. Eu e meu esposo quase nos divorciamos, foi um período muito sofrido para nós, nossos filhos e toda nossa família. 

Como última tentativa, há cerca de um ano, decidimos mudar tudo para manter o casamento. Eu pedi demissão, mudamos de cidade, de igreja. Eu orava pedindo a Deus que mudasse o coração do meu esposo e Ele fez isso, mas não da forma que eu queria. Foi doído, o Senhor me mudou também, Ele tratou diretamente comigo pois era eu quem precisava de mudanças. Na verdade, Ele me quebrou e me fez de novo (como eu cantava: “quebra a minha vida e faze-a de novo”, mesmo sem ter ideia do que isso significava). Eu estava perdida em meus próprios caminhos e não sabia como sair deles. A única opção foi confiar somente em Deus. 

Numa tentativa desesperada de salvar meu casamento, eu me tornei dona de casa. Desde então, tenho sido moldada por Deus, tenho aprendido que dependo exclusivamente de Sua graça e reaprendido quais são meus papéis. Fui criada mulher e como tal preciso glorificar ao meu Criador. Tem dias bons, mas na maioria dos dias me sinto frustrada. É muito, muito difícil! Era tão mais fácil sair para trabalhar fora e culpar o sistema pelos meus insucessos, ou aceita-los como algo “normal”, já que todos passam por aquilo.

 Todo o desígnio do meu coração é mau, então, se não for pela graça de Deus, eu não posso amar verdadeiramente ao meu esposo e aos meus filhos para ser uma esposa, mãe e dona de casa nos padrões que Ele espera de mim. Contudo, em meio às frustrações do meu ego, eu tenho experimentado a graça maravilhosa de Deus, Seu amor, perdão e misericórdia. Eu e minha família temos experimentado o sustento do Senhor, material e espiritual. Temos tempo juntos, fazemos culto doméstico, o Senhor nos deu uma igreja maravilhosa para congregarmos e temos levado isso muito a sério. Fazemos as refeições juntos (café, almoço e janta), temos aprendido o que é viver em família, meu casamento foi restaurado pela graça de Deus. Eu acompanho a rotina escolar do meu filho mais velho e o mais novo fica comigo em casa. 

Mas ainda ouço das pessoas que tenho que voltar a trabalhar logo. Digo para o meu esposo que não quero e ele tem concordado comigo. Readequamos nosso orçamento, reduzimos despesas. Ontem fui chamada para ir à escola, a professora queria falar comigo. Fiquei muito preocupada porque no ano passado ele teve problemas no desenvolvimento pedagógico (o que é até aceitável, considerando as tribulações que o fiz passar). Para minha alegria, fui recompensada pelo Senhor, não que eu mereça, mas porque Ele é bom e misericordioso. A professora parabenizou meu filho por seu desenvolvimento e disse que isso se deve à minha presença e participação. Por mais que eu possa me sentir frustrada em meio às adversidades do cotidiano, sei que o meu trabalho não é vão no Senhor! Estou plantando sementes eternas. Sei bem o que é isso agora. 

Encorajo outras mulheres cristãs a assumirem seus papéis diante de Deus. Conto, diariamente, com a graça e a misericórdia de Deus, porque nada há de bom em mim. ”




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Amém! Que testemunho rico!

Quando recebi este relato, foi como um bálsamo num dia tão corrido para mim. Ah, como alegra o meu coração... Assim como a Maíra, eu já tive vontade de parar, de deixar de escrever, de deixar tudo pra lá. Mas então, recebo tão lindas mensagens. Deus é maravilhoso! Age aqui e aí. Obrigada por compartilhar, Maíra. Tenho certeza que muitas mulheres serão encorajadas a tomar uma decisão após este testemunho. Assim como toda mãe de crianças pequenas, não tenho tido muito tempo para me dedicar mais ao site e a outras atividades. Mas sei que Deus usa o pouco temos, assim como os 5 pães e dois peixinhos, e faz dele muito, para a glória do Seu nome. 

Esperemos com paciência no Senhor. A vida não se resume ao que podemos alcançar hoje em termos de poder intelectual e financeiro. A vida vai além: ela se estende por toda eternidade para aqueles que temem a Deus. Por isso trabalhamos, não pelo alimento que se perde, ou seja, pelas coisas temporárias, mas trabalhamos pela comida que permanece para a vida eterna. Este alimento é aquele que Jesus deu na cruz, ao morrer por nós. Os judeus impressionaram-se com os pães multiplicados e não entenderam que a grandeza não estava no pão, mas no Deus que multiplica. Da mesma forma, devemos nos aproximar de Deus, não pensando nas dádivas materiais que pode nos dar, porque isto pode nos servir de laço, fazendo-nos buscar apenas as coisas que vemos. Antes, aproximemo-nos dEle crendo que Ele nos deu tudo o que precisamos para a vida, ao morrer por nós na cruz.

Os judeus questionaram a Jesus: “O que faremos para realizar as obras de Deus?”. Muitas vezes também temos este questionamento. E tal como os judeus, recebemos de Deus a resposta, mas não cremos, porque ela é simples demais para que acreditemos. Jesus lhes asseverou: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por Deus foi enviado”. Você crê no Filho de Deus? Crê que Ele é ainda o Deus que envia o maná no deserto? Ele não deixará você desprotegida! Ele te dará o sustento na angústia, estará contigo e te livrará. 

Depois de longos anos, os judeus acreditavam que Moisés era o que havia dado o pão no deserto. Nós também, à semelhança deles, depois de longos anos numa cultura que não conhece o que é ter fé, acreditamos que o que temos veio de nossas próprias mãos, e o que teremos, virá do nosso esforço. Jesus nos diz hoje: “Não foi você quem conseguiu, com seus esforços, obter o pão; mas é meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu". Talvez, na vontade de trilhar esse caminho espiritual de fé, você peça a Jesus: “Senhor, dá-me sempre desse pão.” Diante disso, Jesus lhe diz: “Eu sou o Pão da Vida; aquele que vem a mim jamais terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede". No entanto, Ele sabe que muitos ouvirão esta palavra, e apesar de desejarem a vida desta fé, não terão fé suficiente para obedecer. Mais uma vez, Ele ficará apenas com aqueles discípulos fiéis, que receberam de Deus a revelação de que Ele é o Filho de Deus, o Messias enviado.

Nosso exemplo supremo é o próprio Cristo. Ele desceu do céu, não para fazer a sua própria vontade, mas a vontade daquele que O enviou. E esta é a vontade do Pai, tanto para Jesus como para nós: que não deixemos se perder nenhum de todos os que Deus nos deu, seja marido, filhos, casa...

Você ouvirá a Jesus? Seguirá o Seu exemplo de fé?

Deus abençoe esta semana. E que sejamos fortalecidos por esta palavra.



Adna S Barbosa





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