Missionários aos 3 anos de idade? Sério?!

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Algumas mães me perguntam como implementar uma rotina em que a Bíblia e o devocional sejam prioritários na educação dos filhos. Bem, essa preocupação é a minha também. Todo o dia é uma luta para formar Cristo no coração dos nossos filhos. A escola, os cursos, o corre-corre da vida muitas vezes roubam o tempo que deveria ser de Deus. 

Ao nos dar filhos, Deus nos chamou para o mesmo ministério que seu Filho teve ao pisar neste mundo. Ele deixou a missão ao subir: “fazei discípulos, ensinando todas essas coisas”. O discipulado é o modelo educacional que Deus estabeleceu para que usássemos na formação dos nossos filhos. Para tanto, é preciso adotar um estilo de vida específico, centrado na Palavra. Algumas pessoas dizem que devemos colocar nossos filhos no mundo, enviá-los para a escola desde novinhos para aprenderem a ser “sal da terra e luz do mundo”. Eu já ouvi uma irmã, que tem um filho bem pequeno, dizer que seu filho deveria ser capaz de estar em contato diário com o mundo para ser um missionário, e se ele não fosse capaz de ser diferente do mundo, então o ensino domiciliar era falho. O que esta estimada irmã não atentou é que há um tempo certo para cada coisa na vida, até mesmo para sair e pregar o Evangelho. Ora, se Jesus precisou esperar até aos 30 anos para começar seu ministério, por que nossos filhos deveriam começar o ministério aos 3 anos de idade?

Irmãos, nosso modelo é Jesus. E segundo o seu modelo, nós devemos primeiro discipular nossos filhos perto de nós, sendo guiados sob nossa influência. Foi assim em seu ministério. Nossos filhos precisam ouvir e ver as Boas Novas regularmente. Todos os dias, os pais funcionam como ministros, missionários de um povo nativo que só eles têm conhecimento e acesso íntimos.

Eu sei que é difícil ver nossos filhos como uma missão especial. Não faltam vozes para dizer que seu filho vai crescer do mesmo jeito que o filho do outro, que um dia Deus vai falar com ele, que ele precisa de uma comunidade para crescer, e não apenas do seu lar. Todas essas vozes nos perturbam e querem fazer-nos desviar da nossa principal missão. Às vezes não sentimos a importância eterna da nossa missão. Tudo é tão repetitivo, a rotina é tão extenuante que pensamos se não estamos perdendo tempo, e se poderíamos ser felizes cada um em seu próprio mundo: mãe para um lado, pai para o outro, filhos idem.

Ensinar as crianças é o meio mais efetivo de seguir a orientação de Jesus para ir e fazer discípulos de todas as nações” (Mt 28:19). Nós temos um campo missionário vivo e crescendo bem debaixo do nosso próprio teto, e arranjar tempo para a formação espiritual é parte do nosso chamado de criar seres eternos para propósitos eternos. Os pais são competentes para ensinar o Evangelho. Não é apenas outra tarefa - talvez seja a única tarefa que nos define como pais que seguem Jesus, e a importância eterna disso traz grande alegria.

Deus nos deu o dever sacerdotal de proclamar o evangelho aos filhos. Ainda que muitas vezes nos sintamos desencorajados e frustrados, continuemos insistindo, sabendo que o que mais importa não é o quanto conseguimos dizer às crianças sobre o Evangelho em um determinado dia, mas sim como fazemos consistentemente ao longo do tempo. Quando oramos com nossos filhos antes de dormir, lemos histórias da Bíblia e cantamos juntos canções de adoração, convidamos Deus a entrar na vida de nossos filhos, confiando que ele é fiel para redimi-los e santificá-los pelo Espírito Santo.

Adna Souza Barbosa

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