Marcha das Feministas

19:37:00



O post é um pouco tardio, mas vai aqui minhas considerações sobre o protesto contra o novo presidente americano Donald Trump, chamado "Marcha das Mulheres", e realizado no último dia 21.

Comecemos corrigindo os termos: a marcha não foi uma marcha das mulheres, como se auto-proclama. Antes, foi uma marcha realizada pela esquerda americana, apoiada por sua principal estrela, a candidata derrotada Hillary Clinton. Portanto, foi uma marcha das feministas. Estima-se que aproximadamente 1 milhão de pessoas dos EUA e em países ao redor do mundo participou dos protestos. Curiosamente, a população feminina dos EUA (dados de 2014) é em torno de 162 milhões, incluindo crianças. Isso quer dizer que a maioria das mulheres americanas não compareceu à marcha, ou ignorou-a, ou não tomou conhecimento. Sem falar que a maioria das mulheres brancas votou em Trump.

Então, se a marcha é das mulheres, por que a maioria delas não estava lá? A resposta: porque o feminismo, como movimento social ideológico, tomou para si a posição de defensor das mulheres, ainda que sua agenda seja contrária à maioria das mulheres (disso eu já falei aqui e aqui) e a grande mídia tem vendido essa ideia como sendo verdadeira. Na verdade, tudo não passa de estratégias para enganar os incautos. Usa-se um termo genérico e amplo para representar uma classe minúscula e restrita. São de sutilezas que o mal se apropria para espalhar seu veneno. Tem sido assim com o cientificismo que se propõe a responder tudo em nome da razão, mesmo quando precisa da fé na ciência, para atrair seus adeptos.  

Mas, mesmo não sendo honestas o bastante para intitular a marcha como "Marcha das Feministas", suas organizadoras foram fiéis aos ideais do feminismo: elas impediram que mulheres pró-vida participassem da marcha.  Isso só demonstra a falha inerente do movimento que diz ser movimento das mulheres: ele não fala por nós, mas por um grupo pequeno de mulheres com pautas políticas específicas. Enquanto afirma ser a voz na luta pelos direitos da mulher, ataca, exclui e estigmatiza as mulheres que pensam diferente.

Talvez isso explique porque o feminismo vem perdendo espaço cada vez mais. Feministas estão preocupadas com "direitos reprodutivos da mulher" (mais um termo genérico e mentiroso, na verdade, é o direito ao assassinato), enquanto precisamos de mais proteção aos indefesos (crianças e mulheres). Feministas lutam por igualdade salarial e oportunidade de emprego, enquanto precisamos de empregos e melhores salários para nossos maridos para que possamos ter mais tempo para educar nossos filhos. Feministas querem banheiros transgêneros, enquanto precisamos combater a pedofilia e a pornografia, e mais proteção à intimidade sexual.

Enquanto a maioria sofre com a estagnação econômica que devasta as famílias, deixando muitos à beira do desespero, essas mulheres reclamam da grosseria de Trump. O fracasso da marcha é o fracasso do feminismo. Elas estão fechadas em suas questões e esqueceram que há vida fora do feminismo. Na verdade, o feminismo está a expor o que sempre foi: um movimento contra as mulheres; não sabe falar para elas, muito menos compreendê-las.

Então, da próxima vez que você ouvir na GloboNews que a marcha foi um sucesso, desligue a TV. Você está consumindo informação falsa, manipulada por uma ideologia fracassada.

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Adna Barbosa




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