A mulher e a falsa liberdade

16:11:00








Há sensações de independência que não são liberdade verdadeira, pois negam a verdade e se destinam à calamidade. 

Por exemplo, duas mulheres podem saltar de um avião e experimentar uma liberdade na queda livre. Mas há uma diferença: uma está portando um pára-quedas às costas e a outra está livre deste peso. Qual delas está mais livre? Aquela que não tem um pára-quedas sente-se livre — até mais livre, visto que não sofre as restrições das tiras do pára-quedas. Mas, ela não é de fato livre. Ela está presa à força da gravidade e à ilusão de que tudo está bem. Este falso senso de liberdade é de fato escravidão à calamidade, que está para acontecer com certeza após um ligeiro momento de prazer. 

Isto é o que, hoje, muitas mulheres (e homens) pensam sobre a liberdade. Eles a julgam com base nas sensações imediatas de independência. Mas, a verdadeira liberdade leva em conta o propósito de Deus na criação e busca se encaixar tranquilamente no bom desígnio de Deus. A liberdade inclui também fazer o que queremos. Mas, a mulher madura não busca esta liberdade, forçando a realidade a se enquadrar em seus desejos. Ela busca a liberdade ao transformar seus desejos, a fim de que se enquadrem à perfeita vontade de Deus (Romanos 12.2). A maior liberdade está em sermos tão transformados pelo Espírito de Deus que possamos fazer o que gostamos, sabendo que nossos atos se conformam à vontade de Deus e levam à vida e à glória. 

Deus não pretende que as mulheres sejam esmagadas, subjugadas ou frustradas. Entretanto, Ele também não pretende que elas façam algo para remover tais sentimentos, sem considerarem se a ação é apropriada. Às vezes, a liberdade vem de mudanças exteriores, nas circunstâncias. Às vezes, vem de mudanças interiores, no coração e na mente. 

Atualmente, muitos dizem, por exemplo, que a verdadeira liberdade para uma lésbica seria a liberdade de agir de acordo com a sua preferência sexual. Mas eu diria que a verdadeira liberdade não pode ignorar o juízo de Deus sobre a atividade homossexual, nem a vontade de Deus de que homens e mulheres sejam heterossexuais em suas relações sexuais. Portanto, a verdadeira liberdade não é cedermos a todo impulso. Envolve, antes, a satisfação de descobrirmos o poder de Deus e libertarmo-nos da escravidão a nossos egos pecaminosos. 

Acredito que a feminilidade à qual Deus chama a mulher é o caminho da liberdade para toda mulher. A feminilidade madura não se desenvolverá em circunstâncias iguais para todas as mulheres; mas acarretará responsabilidades sobre todas as mulheres, da mesma maneira que a masculinidade madura acarreta responsabilidades sobre todos os homens. Algumas destas responsabilidades expressamos naturalmente. Outras devemos aprender através de oração, fé e prática.




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John Piper e Wayne Grudem

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2 comentários

  1. Incrível a percepção que os autores têm sobre a verdadeira liberdade, pois atualmente muitas pessoas têm a confundido com libertinagem.
    Atualmente tenho feito esse questionamento, afinal, como é a liberdade que Deus quer nos dar?
    Será que somos livres só porque conquistamos mais "direitos" como mulheres?
    Ou será que tais direitos também nos impuseram mais deveres?
    É uma análise complexa, por isso solicito sabedoria a Deus para compreender.
    Acho que a mulher entrou num túnel longo e escuro quando resolveu "buscar a sua liberdade", garantir "igualdade" com os homens, não sabe onde nem como esse túnel vai acabar.
    Já chegamos num ponto em que depois de tanta igualdade só restam as diferenças inigualáveis entre homem e mulher.
    Muitas estão cansadas, oprimidas e solitárias, justamente porque quiserem o tal caminho da "liberdade" que obrigam a seguir padrões difíceis.
    Sinto que a partir da década de 80 a mulher deixou de ser quem ela deveria ser, e passou a fazer o que dizem que é certo.
    Mas como retroceder ao ponto de equilíbrio?

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    1. Também penso como você. Gostei da última frase: "Sinto que a partir da década de 80 a mulher deixou de ser quem ela deveria ser, e passou a fazer o que dizem que é certo".
      Eu acredito que o ponto de equilíbrio está da redenção do nosso papel idealizado por Deus. Quando deixarmos de nos apossar dos papeis masculinos, olhando para o que nos foi dado como missão, salvaremos nossa classe dos males que a atingem hoje. Foi mais ou menos isso que Paulo quis dizer: "Salvar-se-á dando à luz filhos...". Somente a mulher pode dar à luz filhos. Isso quer dizer que há um papel só nosso, e ele irá fazer a diferença no mundo tanto nosso como no dos homens.

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