Bobagens da Internet...

08:46:00



Quero dizer a minha opinião sobre esse texto aqui que está rolando pela internet e que, a começar do título, sugere que mães-que-trabalham-fora e mães-em-tempo-integral sejam amigas, compreensivas e vivam numa perfeita paz. 

Isso não é mal. Aliás, é muito bom. O grande problema é que a questão não é essa. Existe uma grande confusão nisso tudo. Quem está de fora pode até pensar que existe mesmo uma briga entre uma e outra, mas não há. E há. Para aquelas egoístas, invejosas, amantes de si, seja mãe-que-trabalha-fora ou mãe-em-tempo-integral. Para estas, haverá sempre confusão. Você já viu um orgulhoso e invejoso pacífico? Eu não. Ainda que aparente alguma cordialidade, guarda lá dentro um sentimento: sou melhor ou quero a vida que você tem.

Como funciona nesses casos onde há orgulho e inveja?

Para a mãe-que-trabalha-fora:
Essa mulher usa como desculpa a necessidade financeira, a realização pessoal e, apoiada em pesquisas feitas por mulheres que odeiam sentir culpas, ela argumenta que filhos crescem muito bem longe delas, obrigada. Mas na verdade, sua ausência não é por necessidade, mas muitas vezes por falta de amor ou por amar demais a si mesma a ponto de não ver como superior a necessidade dos seus filhos, marido e casa.

Para a mãe-em-tempo-integral:
Não perde uma oportunidade para falar mal da mulher que sai para trabalhar, não porque defende as crianças em seu direito de ter pais presentes, mas porque gostaria de estar lá e não consegue, ou por falta de oportunidade, ou porque não tem nenhuma profissão. Lá no fundo ela deseja ser uma mulher bem ocupada fora de casa, mas como não pode, ocupa-se em falar mal da outra.

Nenhum dos casos são sadios e corretos. Ambos sofrem com uma doença chamada pecado.

Pois bem. Vou mostrar que não sou uma alienada. Conheço a situação em que vivemos aqui no Brasil, pois sou brasileira, e muitas vezes a mulher PRECISA trabalhar para sustentar a casa. Ela não ESCOLHE. (Preste bem atenção nas palavras). É uma situação que se IMPÕE sobre ela. Ela não tem ALTERNATIVAS. Para esses casos considero a EXCEÇÃO ao que Deus escolheu para nós mulheres, ou seja, ausentar-se para longe de casa em uma jornada dupla ou tripla para ganhar o sustento. E nesses casos, a mulher dá um jeito, mas nunca negligencia seus filhos. Deus a ajuda em suas limitações. Conheço amigas e mulheres que vivem ou viveram situação semelhante e Deus as ajudou. Com a graça de Deus conseguiram vencer.

Outra coisa, também muito comum, mais do que imaginamos, e a principal motivação por trás da busca por um trabalho FORA do lar, é a REALIZAÇÃO PESSOAL, o desejo de ser INDEPENDENTE, AUTÔNOMA, como diria algumas "não viver à sombra do marido", como se isso fosse humilhante. Outras ainda, somado a isso, NÃO GOSTAM DE CUIDAR DE CRIANÇAS. Acham chato e chamam a vida dentro de lar de MONÓTONA E ROTINEIRA. Por essas razões, não por motivos justificados como mencionados acima, não querem cuidar de seus filhos.

Convivo diariamente com crianças abandonadas, terceirizadas, mesmo tendo tudo. Muitas vezes o pai tem um excelente salário, mas a mãe quer sair de casa porque pensa apenas nela. E há outras, essas eu considero mais grave ainda, que ficam em casa com filhos porque NÃO PODEM PAGAR ALGUÉM, mas se pudessem, a primeira coisa que fariam seria deixar o lar e os filhos, como uma que me disse que eu era tola, pois poderia pagar uma babá e fazer outra coisa pelo mundo.

Outra questão a se considerar é que quem deseja ser mãe precisa entender a seriedade dessa responsabilidade. Ter um bebe é a coisa mais séria do mundo. Está em suas mãos a formação de uma pessoa! Isso é pouco? Mas muitas não pensam assim. Deixam a vida levar...

Se não podem cuidar, ou se não gostam de crianças, ou se querem ser uma excelente profissional dedicando-se 8 ou mais horas por dia a uma profissão, então, façam um bem ao mundo: não tenham filhos. Dediquem-se às causas humanitárias, envolvam-se na política, toquem o mundo com as mãos de uma mulher.

Isso também não quer dizer que uma mãe não possa trabalhar e que as mães que cuidam dos filhos fazem somente trocar fraldas, dar banhos, colocar para dormir e comidinhas na boca. Não. Não só podemos, como devemos desenvolver vários trabalhos a partir de casa. Esse é o modelo de Deus. Ele não quer mulheres ociosas e burras. Ele quer mulheres trabalhadoras, inteligentes e preparadas para criar seus filhos. Há vários trabalhos que a mulher pode fazer tendo como local de trabalho a sua casa. Esse é o ideal. Os filhos crescem vendo sua mãe trabalhar e a mãe acompanha de perto seus filhos e a rotina da casa.

Hoje você pode ser arquiteta, comerciante, professora, ou qualquer outro trabalho que permita-lhe a presença no lar na maior parte do tempo. Trabalhos de meio expediente e tantos outros que cabem muito bem com a maternidade.

O que vejo no texto abaixo (clique no link para ler) é uma tentativa de tirar o peso da consciência daquelas que se ausentam por horas do lar, deixando os filhos aos cuidados de terceiros não confiáveis.

Femininas, há muito o que se falar sobre isso. A questão não é tão simples. O padrão nesse assunto não é nem mãe A nem mãe B, pois cada uma tem uma vida e Deus nos julga segundo o que temos recebido dEle. O padrão que defendemos é o que vemos na Bíblia e nas mulheres que formaram famílias sólidas. Devemos sempre aprender com elas.

E para concluir, para tudo há um tempo. Enquanto os filhos são pequenos, a natureza exige (para não dizer que precisamos...) que as mães cuidem pessoalmente dos filhos. Esse tempo vai passar, pois crianças crescem. E então teremos tempo para fazermos outras atividades. Quando defendemos a presença integral da mamãe no lar, falamos principalmente para as que tem filhos pequenos, de até aproximadamente 8 ou 9 anos.

Claro, há variantes. Há aqueles que não tem pais que ajudam, há aquelas que são mães solteiras, há as que não tem parentes para ajudar etc. Mas tudo isso é exceção e a exceção existe para se confirmar a regra. Acho que perdemos muito tempo falando da exceção e esquecemos o que é a regra. Tratemos da regra, para depois, cuidarmos das exceções.

Esse discurso, conforme vemos nas cartas, em cima do muro é fácil, pois coloca tudo no mesmo nível. E é isso que o texto faz: nivela todas mães como essencialmente boas e responsáveis. Mas a realidade não diz assim. Trata-se, portanto, de mais um texto ilusório, que não reflete a realidade da maternidade dos dias hodiernos.



De sonhos estamos cheios. Precisamos é de fatos e verdades. Encarar a maternidade de frente, sem bla-bla-blás. Chega de hipocrisia!


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